O tricolor Tcheco costuma fazer grandes exibições em jogos médios, mas sua performance cai assustadoramente nos momentos mais decisivosFoto: AP, Arquivo |
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É estranho o jogador chamado Tcheco, brasileiro com nome de guerra europeu do norte. Ele é bom jogador, tem potencial para ser mais do que bom, mas parece que a nota 7 é o seu máximo, seu topo. Não sobe, não cresce.
Tcheco nasceu para ser coadjuvante no campo de bola, jamais será a grande estrela, o número 1 ou o astro do time. Ele precisa correr. Outros devem brilhar.
Quando Tcheco aparece como o principal jogador do time, creia, o time não vai além do mínimo. Não culpe o dedicado e correto atleta, ele se esforça para tanto. Dá o máximo, mas não consegue brilhar.
O maior problema de Tcheco é afundar em momentos decisivos e definitivos, joga sempre menos do que pode em grandes jogos, não chega nem aos pés do bom coadjuvante que é.
Em noites e dias de grandes confrontos, Tcheco some, desaparece no meio dos homens de meio-campo, some pelas laterais, corta suas jogadas ofensivas, a bola pesa 90 vezes mais, o passe sai torto e curto, a marcação diminui. Em dias e noites de jogos medianos, Tcheco é o cara, corre, marca, dribla, entra na grande área inimiga, faz gol.
Tcheco é dono de uma carreira atípica. Seus melhores momentos nasceram depois dos 30 anos. Antes da terceira década de vida sempre foi um jogador que rodou pelo Brasil sem a necessária grife para time grande.
O Grêmio o despertou e no seu despertar Tcheco apareceu como um dos melhores do time. olhado como desejo por outros clubes brasileiros. Tanto que saiu do Olímpico, ficou alguns meses fora e depois voltou. Os técnicos o adoram pela sua intensa movimentação em campo e pela sua aparente liderança.
O erro foi o Grêmio esperar demais de Tcheco, pedir o que ele não pode dar, nem vai dar. Tcheco é apenas mais um bom jogador. Nada mais, nem um gol, um passe, uma jogada de brilho a mais.
Tcheco não é o craque que muitos pensam que é, nem dá ao Grêmio a qualidade que o time necessita no seu setor mais vital, o meio-campo.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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