Eu pergunto: onde morou o grande problema do Grêmio na longa e ingrata temporada de 2008? Eu mesmo respondo: no ataque.
Pois o ataque, nos três jogos oficiais do Gauchão, marcou apenas duas vezes no total de 11 gols. Os goleadores do time são dois homens do meio campo, Souza e Tcheco, cada um com três, e depois surge o ala Ruy, com dois. Alex Mineiro e Jonas têm um cada. É pouco, é nada.
Outro dirá, certo, mas se o ataque não faz e todos os outros marcam não é a mesma coisa? É e não é. Não é porque na hora das decisões o ataque é quem normalmente faz a diferença, marca os gols, levanta os times.
Claro que Alex Mineiro, a esperança de gols jogou apenas duas vezes, logo na volta da pré-temporada. Lógico que Herrera, outra certeza, ainda não estreou. Evidentemente que o Gauchão é campo de testes e seus jogos enganam, assim como os do campeonato carioca. Os 11 gols não são ficção, são realidade, mostram alguma coisa, certa evolução, agradam de certa forma, dizem que o time procura seu caminho.
O Grêmio sabe, por outro lado, que quem dispõe de dois atacantes (ok, três com o irregular Jonas), tem pouco. É preciso mais, é necessário qualificar.
Se o craque não vem, se ele custa caro demais, um Fred, por exemplo, é preciso tomar outro caminho. A setas da rota feliz da Libertadores, todas, indicam um atacante, outro homem-gol qualificado, diferenciado.
Sobram escassos 20 dias ao Tricolor para o jogo de estréia no torneio continental. numa Quarta-Feira de Cinzas. Se a defesa e o meio parecem bem estruturados, o ataque nem tanto. Lembra 2008? Um das principais causas da queda no final do Brasileirão foi a imperícia do seu ataque.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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