Mais uma janela fechou, a primeira de 2009, outra vez Alex ficou em Porto Alegre de malas prontas na porta do apartamento. Não é culpa do Inter, muito menos do jogador. É um dos mistérios do mercado mais competitivo, que não o deseja de verdade – ao menos o europeu de ponta (azar do mercado).
Alex está indignado. Com toda a razão.
Aos 26 anos, nas portas do 27º aniversário, um dos melhores jogadores em atividade no país, meia goleador, que sabe chutar de fora da páreo como poucos, artigo raro, Alex deve estar muito frustrado. Indignado com o mundo. Brabo porque os euros não vieram com tudo em cima, chateado porque poderia jogar no melhor campeonato do mundo, se o negócio fosse confirmado com a Inglaterra.
Um certo dia do verão sul-americano Alex acorda com a possibilidade de enfrentar o Manchester United na Premier League. Horas depois volta a colocar os pés no chão do Beira-Rio e entrar em campo para jogar contra o Sapucaiense (e marcar um golaço). Com todo o respeito ao Gauchão, que é o que temos, mas que pode ser melhorado (e muito), a frustração é grande. Gigantesca. Amazônica.
Eu entendo o aparente mau-humor do camisa 10, um dos três melhores do Inter, ao lado de D'Alessandro e Nilmar. Mas o que Alex não pode se abater por um negócio que fracassou. Não pode enterrar os pés na grama. Precisa jogar, muito. Se continuar no seu nível, que todos nós conhecemos, a Seleção é um caminho e, no topo, novos negócios devem aparecer no horizonte do meio do ano, na nova janela.
O Inter continua sendo o norte de Alex. Um depende do outro.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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