O Mundial Inter-Clubes troca de casa, adeus Japão, bem-vindo Emirados Árabes Unidos. mas as mudanças da FIFA podem atingir também a fórmula da competiçãoFoto: Kamran Jebreili, AP |
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O Mundial Inter-Clube, menina dos olhos da FIFA, atravessa uma grave crise existencial. Culpa da falta de interesse, da ausência de um bom dinheiro. Culpa do Manchester United, da LDU, ao menos na recente edição.
O alarme mais barulhento tocou na hora de fechar as sempre malditas contas de 2008. A Fifa observou que a atual fórmula é um caminho sem volta ao fracasso econômico. Talvez a grande mãe do futebol nem perca dinheiro, mas deixa de ganhar uma jamanta de dólares.
A competição ganha novos ares já em 2009. Deixa o histórico Japão, se instala nos Emirados Árabes Unidos em busca de mais dinheiro, avança sobre os petrodólares sem fim dos árabes. É o começo de uma mudança profunda, embora a praça de jogo não seja o problema mais significativo.
A dúvida gigante está outra vez na fórmula de disputa. Com poucos países envolvidos, entre eles australianos, africanos e mexicanos, o torneio atrai apenas os países que encostam na final, se eles forem representativos, exibirem grandes jogadores. O que é pouco, o que é quase nada.
Quando envolve um Manchester United, perfeito. Quando atrai uma LDU, desastre. A colocação é da FIFA, não minha. A presença de um pequeno na final grandiosa é própria do futebol. Está no seu DNA. Mas nem todos aceitam, gostam, batem palmas.
O que a FIFA pergunta aos que circulam ao seu redor, como o Sol e seus planetas, é a mudança da fórmula da disputa. A entidade solta até um balão de ensaio.
1) Por que não convidar mais alguns clubes tradicionais da Europa e da América do Sul, times bem colocados nas principais competições continentais, reforçar o torneio, espichar o tempo de duração, atrair a atenção de bilhões, atrair milhões de euros?
2) Por que não criar um Mundial Inter Clubes nos moldes de uma Copa do Mundo, respeitando a tradição e a colocação dos clubes?
Interlocutores da FIFA acenam com a possibilidade de convocar, que sabe os quatro primeiros da Champions League, mais os quatro da Copa Libertadores da América. Fazer um Mundial Inter-Clubes rotativo, uma sede diferente a cada final ano.
As idéias borbulham. A FIFA quer mudar, não deseja desistir. Falta estudar mais, desenvolver um novo projeto. Decidir. O certo é que a fórmula reinventada em 2000 está com os seus dias somados e contados. Vem novidades por aí. Aguarde.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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