Perea era a esperança de gols que nunca nasceram no Olímpico. Mas quem, neste mundo da bola, ainda acredita em gols de atacantes nascidos na Colômbia?Foto: Nabor Goulart, AP |
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A tabela de goleadores do Brasilierão prova que o ataque gremista é praticamente um deserto. O clube não tem um isolado atacante, com os que têm não soma dois. Soares deixou o Olímpico e foi se aninhar e recomeçar no Mineirão, com outra camisa azul. Não fará falta, como não fez grande coisa numa temporada inteira. Quanto mais o Grêmio precisou dele, menos Soares adicionou.
Se não foi ainda, Marcel deve ir em barco semelhante, mas com outro rumo. Junto, leva André Luiz, de um inutilidade atroz.
Perea é reflexo do melhor e do pior atacante dos conhecidos colombianos dos últimos tempos. Dá o drible, mas não progride, nem avança. Vira as costas ao adversário quando está próximo ao gol. Tem medo, receio, de chutar.
Morales chegou como a solução da bola aérea. Sem alas qualificados, sem a visita natural dos laterais ao fundo do campo, isentos de cruzamentos, a bola jamais chegou pelo alto na grande área adversária e Morales ainda não sabe o que está fazendo em Porto Alegre.
Amarrado com as bolas de chumbo das contas atrasadas, das dívidas histórias, o Grêmio precisa investir e fazer o time da sonhada Copa Libertadores. É preciso contratar, mas não há dinheiro disponível para trazer dois alas, um meio-campo, dois atacantes.
Uma nova direção está aportando. O que se espera dela, no mínimo, é exuberância em criatividade, idéias novas, soluções urgentes. Parte do dinheiro viável está num marketing profissionalizado, que o clube ainda não tem. Terá?
Chegar na Libertadores é sempre difícil. Mais complicado, duas vezes mais, é erguer um time competitivo rapidamente, mesmo em cima de uma base razoável, que tem goleiro, miolo da zaga e meio-campo.
O Grêmio ainda vê o seu time ideal de Libertadores. Possui 60 dias para tanto. A cada dia que passa a tarefa de colocar o barco na água e zarpar parece mais impossível, ainda mais sem um ataque decente e com Roth no leme
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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