O emocionado Tcheco recebe as palmas de quase 50 mil fãs, no Olímpico, mas todos os gremistas sabem que o times precisa de jogadores qualificados para conseguir chamar a Libertadores da América de sua pela terceira vezFoto: Nabor Goulart, AP |
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A Copa Libertadores da América é o começo, pode ser o recomeço. É quase nada se parar na fase de classificação. É tudo e mais um pouco quando se ergue a taça em campo alheio.
O Grêmio abraçou a sua cobiçada vaga com os músculos da esperança. Imagina que o continente possa ser o seu aeroporto planetário em busca do Bi mundial.
O fã sonha. Gosta. O caminho está aberto. Falta uma máquina para percorrê-lo, uma ótima marca para superar a linha final.
O Grêmio recomeça mirando as lágrimas de Tcheco. O coordenador do meio-campo fica mais um ano. Como ele, permanece o futebol competitivo, a doação, a tranqüilidade, a harmonia no grupo. Tcheco é um pacificador.
Mas lembre. Ele é coadjuvante, embora qualificado. Não tem bola para ser o grande jogador do time. O lugar está aberto.
Não imagine Souza como o cara. Ele simplesmente não consegue jogar no Olímpico o que jogava no Morumbi. Não faz a diferença, talvez não tenha futebol e tamanho para tanto.
O problema grave, urgente, definitivo do Grêmio não é no meio, é dos lados, é na frente. O novos dirigentes podem madar embora hoje mesmo todos (todos) os seus atacantes. Ninguém vai levantar a voz e dizer um "não".
A safra de atacantes de 2008 é uma das mais fracas, colheita ruim. A base também não produz atacantes. Não sei o motivo, mas eles não brotam da boa grama do olímpico. Atletas de meio-campo saem aos montes. Os atacantes qualificados batem no zero. É um mistério. É inacreditável.
O Grêmio precisa contratar com a urgência dos afogados dois laterais, uma vez que Mationi está negociado ou quase. Os testados não aprovaram. Os da esquerda, por exemplo, se revezaram, mas jamais completaram um par de jogos com nota razoável. Ganharam todas as chances possíveis, desperdiçaram a maioria deles. Insistir é chamar o azar, confessar a incompetência.
Os fãs que lotaram o Olímpico e usaram a força das palmas e a sensibilidade das lágrimas para comover o time esperam que a nova direção tenha novos planos, boas idéias, mapas traçados. O Grêmio precisa de novos e bons jogadores. Quatro deles entram imediatamente no time, dois laterais, dois atacantes. Não há outra saída.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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