O Inter está rodeado pela natural euforia de mais um título que está ao lacance da mão - e sem estender muito o braço. Alegria da melhor qualidade para dar e vender. A Copa Sul-Americana veio de La Plata no jato colorado depois da vitória sobre o Estudiantes. Será difícil retornar no vôo fretado pelos argentinos.
Mesmo com 10, com um gol de pênalti, Alex fez 1 a 0 na casa lotada do atônito adversário. A vitória ainda está viva, passeando na retina.
Os argentinos, ao menos os que jogaram em quarta-feira passada, parecem não ter qualidade técnica suficiente para superar o adversário gaúcho. Não se repetirem a mesma performance. Bom, mas você (como eu e a torcida do São Paulo), sabe que ninguém ganha um jogo de futebol antes do apito inicial.
O segundo jogo chama milhares de fãs ao Beira-Rio. A decisão é uma das mais importantes da história do clube, o título é inédito, é importante, é vitrina continental e mundial. Não vale uma Copa Libertadores da América, mas serve para encerrar um ano sem os maiores títulos.
Como no Rio Grande do Sul tudo é dividido em dois e o azul trata de diminuir os feitos dos rivais todos os dias - e o contrário é igualmente verdadeiro -, a Copa Sul-Americana merece a festa que a torcida lhe der. Grande, média ou pequena. A decisão é do fã.
Mas como o Inter vai erguer o troféu se a lógica da bola funcionar, o Grêmio fica na obrigação de vencer o mesmo torneio no menor espaço de tempo possível. É assim que as coisas funcional na aldeia. É assim que o futebol se move.
Foi assim com a Libertadores, foi bem assim com o Japão. O Grêmio levantou as taças e o Inter foi correndo atrás tentar as mesmas faixas de campeão. Levou duas décadas, mas encostou. Não está sossegado. Quer mais. Quer dobrar tudo, triplicar.
A história do Inter mudou em três temporadas, mudou de uma forma extraordinária. O clube é outro, a torcida canta com nova gana. De pé, erguida nos recentes títulos. De mãos para o alto, agradecida pelo ano mágico de 2006.
O Inter está perto de um título inédito, exibe um time qualificado, que engrenou depois de meses, e parte para os abraços dos seus cem anos com um otimismo de campeão. Com os jogadores que tem, como Nilmar e Alex, D’Alessandro e Guiñazu (fora do jogo), o Inter tem time para voar mais longe do que a Sul-Americana. Resta saber o tamanho das asas que a comissão técnica e a direção podem oferecer ao seu qualificado grupo de jogadores.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
Leia os termos e condições deste blog
Dúvidas Frequentes | Fale conosco | Anuncie - © 2009 RBS Internet e Inovação - Todos os direitos reservados.