D'Alesssandro enrola Benitez, do Estudiantes, e faz do seu pé esquerdo e da sua habilidade duas das mais letais armas do Inter na Copa Sul-AmericanaFoto: Eduardo Di Baia, AP |
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Noventa minutos, uma hora e meia, é o tempo que falta para o Inter chamar a América de sua. A soberba vitória em La Plata, derrubando uma invencibilidade de 43 jogos do Estudiantes, aproximou o continente do Beira-Rio.
A inédita Copa Sul-Americana é colorada, nem os argentinos duvidam mais. A taça está inteira no armário. O adversário não tem talento para superar o corajoso e aplicado Inter no Beira-Rio quarta-feira que vem, não num jogo normal. Quando muito tem a determinação argentina, o que é pouco.
O Inter, que havia cravado seu distintivo no centro de campo do mítico La Bombonera, estendeu a bandeira de duas cores em La Plata. Venceu com mérito de campeão. Com futebol superior, aplicado e de ação. Uma vitória que deve ser guardada na história. Vencer argentinos na Argentina é tarefa de poucos. Vencer argentinos na Argentina em decisão e jogado com 10 jogadores quase 60 minutos é façanha.
A torcida colorada cantou e dançou, gritou e pulou e fez de La Plata um verdadeiro Beira-Rio.
Eu escrevi que o Inter era o favorito dias atrás, mas não imaginei que os gaúchos precisariam de apenas dez homens para ganhar a primeira das duas decisões.
O pouco responsável Guiñazu foi expulso antes dos 30 minutos depois de dois lances ríspidos e fora da lógica do futebol e tonteou o Inter durante alguns minutos. Alex, ao marcar seu gol de número 32 na temporada, colocou tudo no lugar depois do pênalti em Nilmar. Alex foi bem outra vez, mas gostei mais de Lauro, Álvaro e D'Alessandro.
A fragilidade técnica e tática do adversário ajudou o Inter, deu mais gás ao time visitante. O Estudiantes é limitado, carente de bom futebol, viciado em cruzamentos e que depende de Verón em todos os segundos de jogo. Pressionou, mostrou raça e entrega. Atacou, mas as chances de gol foram mínimas. Falta qualidade ao confuso time dirigido por Leonardo Astrada.
A grande vitória, o título que se aproxima, o bom futebol dos últimos 30 dias pavimentam o caminho de Tite em 2009. Ele fica, contrariando as antigas informações que diziam que ele sairia em dezembro. Fica com uma taça inédita embaixo do braço. Quem pode falar algo contra neste momento? Você?
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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