Grêmio e Inter sempre foram referência um para o outro, secular referência. Quando os guerreiros do Grêmio tomaram o Japão, os lanceiros do Inter fizeram carga igual e ocuparam o monte Fuji como missão de vida anos depois. Hoje se discute qual o que vale mais e a conversa anima os fãs de bar em bar.
Quando os dois caíram em diferentes momentos e de distintas maneiras na história, eles olharam o vizinho e analisaram a sua saúde. Se o adversários estava mal também, OK, tudo bem. Não vamos nos preocupar demais.
Os tempos mudaram, as referências não são mais as mesmas de um passado muito recente. Não podem ser.
Os dois precisam buscar outros parâmetros. Mirar-se no São Paulo, por exemplo. O clube quer R$ 32 milhões anuais pela marca que ostentar na sua camisa campeã em 2009. É um recorde. Sete anos atrás, o terceiro mais popular clube do Brasil recebia R$ 6 milhões.
A Dupla deve lembrar do exemplo do Boca como vencedor, como fábrica de craques na sua categoria de base, estudar a organização de um Manchester United ou de um Real Madrid dentro, fora e em volta do campo.
Não adianta mais, é bobagem, achar que está tudo bem se o rival também está mal. O adversário local é apenas uma fonte de rivalidade. Não deve mais servir como parâmetro.
Se a dupla Gre-Nal deseja mesmo crescer sem parar, tomar o trono nacional das competentes mãos paulistas, precisa mudar o foco de uma vez por todas. Olhar os melhores do Exterior como exemplo.
O melhor da aldeia já não faz mais milagres. A aldeia sumiu. Vale o global. Ninguém faz mais nada sozinho. A Dupla precisa encontrar grandes parceiros com urgência, refazer seus planejamentos, pensar a longo prazo (uma década) reforçar seus times, encher os estádios e mandar ver.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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