Vexame! A palavra é justa. Serve. O Grêmio levou quatro gols do Vitória, um dos piores times do returno do Brasileirão, e disse adeus ao título, bye, bye tricampeonato.
Só a Copa Libertadores da América salva o tricolor em 2008, mas depois dos 4 a 2 em Salvador qualquer prognóstico é loteria. Até a Copa é um gigantesco ponto de interrogação. Quem leva quatro do Vitória pode sofrer dois do moribundo Ipatinga e achar natural.
Quando eu falei que o irregular Grêmio tinha entregado seu futuro no campeonato nos jogos com o Cruzeiro e com a Portuguesa, seis pontos jogados pela janela em duas partidas decisivas, fui atacado por uma fila de internautas, especialmente depois da inesperada vitória no Palestra Itália. Eu disse que o Grêmio era um time inconfiável, sem ataque, sem alas, sem qualidades de campeão.
Celso Roth é o que é, um coadjuvante. Seus times jamais brilham, atolam na praia, se afogam na arrebentação. Ele não consegue subir ao pódio. É medalha de bronze para baixo.
O Grêmio deste domingo de novembro é o melhor exemplo. O time precisava vencer, mas o centroavante titular (Marcel) não faz gols desde agosto. Com a nova lesão de Reinaldo, ele investiu em André Luis, o atacante que não marcou um, eu disse UM, um só gol no Brasileirão. Esqueceu Perea, desistiu de Morales. Queria vencer com dois atacantes que nunca marcam gol.
A falta de gols destruiu o Grêmio em menos de 90 minutos. Seu primeiro tempo foi bom, fez um gol, contra, e teve mais três chances. Errou todas. Quem esteve com a partida aos seus pés? André Luis. O que ele fez? Errou.
Normal, natural. Mas o jogo estava fácil, tranqüilo, sob absoluto controle. Veio o segundo tempo, Vagner Mancini mudou o sistema tático no vestiário, colou dois atacantes nas costas dos laterais, avançou o meio-campo, posicionou melhor a defesa e ganhou o jogo na velocidade. Roth, que acha que o futebol é imprevisível, viu tudo do banco como um espectador privilegiado, como um técnico sem ação, como um treinador batido pelas táticas do adversário. .
Em 12 minutos, o Vitórias liquidou o vice-líder, fez três gols e deixou o São Paulo em condições de ser campeão em sete dias com uma vitória,mais três pontos. O rechonchudo Héber Roberto Lopes ainda ajudou o Vitória ao expulsar injustamente Amaral. Sua ação não justifica a derrota.
O Grêmio tem sido assim em 2008: bateu a decisão, chegou a derrota. Foi no Gauchão, na Copa do Brasil, na Sul-Americana e em todas as partidas decisivas do segundo turno do Brasileirão. Com Roth, o Grêmio perde quando o jogo é definitivo. Perde sempre. Roth anda de mãos dadas com as derrotas.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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