Verón é craque, referência do Estudiantes, titular da nova seleção de Maradona e um jogador que o Inter precisa cercar, marca, anular. Ele é o cérebro do adversário argentinoFoto: Daniel Luna |
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O fã colorado foi dormir na longa e feliz madrugada de quarta-feira vendo meia taça no armário do Beira-Rio. Na quinta, antes da meia-noite, observou o troféu inteiro. A semana é de sonho. A copa é real.
A inédita Copa Sul-Americana é quase sua. Está ao alcance da mão direita. A confiança na conquista é quase absoluta. Se perder, e o futebol é inimigo das estatísticas, melhor amigo das surpresas, será um espanto no Brasil, na Argentina e em outros países que botam o pé na bola. O Inter é o favorito.
O Estudiantes, o outro disposto finalista, pode não ser um Chivas, mas não é muito melhor pelo que vimos durante o enrolado, truncado e horroroso jogo com o Argentino Juniors. Se eqüivalem, melhor, talvez os argentinos sejam superiores aos mexicanos pelas chuteiras mágicas de Verón, pelas experiência, pela história, pela dedicação. O Estudiantes é apontado pela Fifa como um dos 30 clubes "clássicos" do mundo.
Os mexicanos parecem que estão sempre a passeio quando deixam a sua altitude e carimbam os passaportes. Os argentinos nunca descansam em viagens. Jogam fora como se estivessem em casa, animados pelos torcedores. Parecem estar sempre dispostos a dar a vida por sua causa.
Na teoria, o Inter é bem superior ao batalhador time de La Plata, 103 anos de futebol, campeão do mundo em 1968, vencendo o Manchester United, tricampeão da Libertadores. Dos 11 de La Plata, só Veron ocuparia uma vaga entre os titulares do time gaúcho. Os outros 10 treinariam, quem sabe disputariam o banco de reservas com os reservas do Beira-Rio.
Quem assistiu o Inter nos últimos 30 dias, quem observou alguns jogos do disposto Estudiantes no mesmo período, sabe do que eu falo. Os argentinos podem correr por eles e pelo Boca, por Maradona e por Cristina Kirchner e talvez até vencer o jogo em seu estádio. Não devem resistir, por outro lado, as investidas coloradas no ótimo gamado do Estádio Beira-Rio, ao menos se o Inter repetir suas últimas performances na Sul-Americana.
Uma vitória apertada do combativo Estudiantes, em La Plata, é possível. Não provável. Como decide em Porto Alegre, o Inter dificilmente vai deixar de erguer a taça inédita nas primeiras horas da madrugada de quatro de dezembro.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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