Dunga vibrou como um calouro na beira do gramado, a seleção jogou bem, marcou seis gols e a vitória afastou os boatos de sua demissão. Por enquantoFoto: Eraldo Peres, AP |
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O Inter varreu o Chivas da Sul-Americana 2008, fez as malas e entra na final como favorito amplo e destacado. A Seleção liquidou Portugal num importante amistoso internacional e termina o ano em aparente tranqüilidade.
Em dois jogos, em Porto Alegre e Brasília, 10 gols, a quarta-feira noturna foi comandada pelo controle remoto. A cada gol, os canais avançavam e recuavam. A rádio foi termômetro da tevê. A avalanche de gols atrasou o sono.
Atrás das vitórias absolutas, sem contestações, estão dois técnicos muito criticados, inclusive pelo cara que tenta dar coerência as linhas que se seguem. Tite e Dunga surfaram no olho do furacão, estiverem para ser demitidos, ficaram por pouco. Hoje, respiram novos ares, um oxigênio da Serra. Ganham fôlego.
A vida da dupla, cada uma a seu modo, mudou, melhorou, se estabilizou. Vitórias operam milagres. Mudam certezas, enterram dúvidas, sepultam críticas. Demissão, pelo menos, é uma palavra que não envolve mais os dois no presente. O futuro está novamente aberto aos dois. Não sou eu que digo. É a realidade que exige.
Já se ouve, especialmente no caso de Tite:
– Tem melhor? Tem. Mas estão empregados e ganha uma fortuna.
O certo é que a Sul-Americana está cimentando o lugar de Tite no Beira-Rio na próxima temporada. A incerteza de algumas semanas atrás foi driblada pelo trabalho de Tite. Eu, como muitos, tinha certeza que o técnico do centenário não atenderia pelo nome de Tite. Não tenho mais tanta certeza. Tite achou um equilíbrio que o Inter não tinha desde o glorioso 2006.
Dunga tem agora ao seu lado os seis gols contra Portugal ao seu lado. Era um amistoso, óbvio, mas a pressão vai diminuir. Ele ganha uma folga de quatro meses, no mínimo. O último resultado é o que vale, especialmente antes de umas férias prolongadas.
O passado recente de Dunga na Seleção é muito ruim. Portugal passou e Dunga jogou a sua vida. Nunca o vi tão vibrante no banco de reservas. A CBF, que aposta em Dunga. vai usar o amistoso como escudo contra os que pedem Muricy ou Luxemburgo.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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