Quatro rodadas, 12 definitivos pontos. O fôlego do Brasileirão se resume aos próximos quatro finais de semana. Cinco torcidas de quatro Estados ainda encontram motivação para despejar hectolitros de adrenalina nos estádios ou nas salas de diferentes tamanhos e cores da televisão em busca do título.
Um é saudado como favorito, o São Paulo, outro caça o líder, o Grêmio. Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo espreitam. Na gangorra do primeiro lugar todos os cinco times estiveram na parte mais alta. Caíram, voltaram, caíram outra vez, se misturaram em diferentes postos e hoje, na ponta de cima. Não vejo injustiças.
O campeonato corre sem que o São Paulo seja atacado como um novo ponteiro sem credenciais. O Grêmio navegou na parte alta. Faltou vento. As velas subiram e desceram.
Noto um São Paulo mais equilibrado, organizado, treinado e mais confiante, com um treinador superior e um time acima dos demais, olhando seus valores individuais. A regularidade mantém o São Paulo no topo.
Gigante no primeiro turno, quase um Hulk em força e determinação, o Grêmio murchou como um homem sem os efeitos poderosos dos raios gama. Sua média afundou. O time se transformou em um qualquer e foi capotando em jogos decisivos, partidas que podiam lhe oferecer o título.
Quando tudo parecia perdido, um time forrado de reservas venceu surpreendentemente o favorito Palmeiras no Palestra Itália, estádio que sempre foi uma pedreira para os gremistas - onde venceu apenas duas vezes em mais de um século de vida.
Uma vitória que nas minhas contas e nas contas de muita gente chegou tarde demais. Mas somas, quem faz, podem apresentar somas equivocadas.
A saudável e justa vitória na capital paulista ajudou no renascimento gremista, triplicou a confiança de quem acha que o título está próximo, ao alcance das chuteiras imortais. Está. A matemática diz que sim. A lógica informa que não é bem assim.
O jogo com o Coritiba pode oferecer uma pista mais segura da nova realidade. Depois de uma série de jogos irregulares, entre setembro, outubro e no começo de novembro, será que o bom futebol voltou para ficar ou o festejado encontro com Palmeiras foi uma exceção? A pergunta é minha, deve ser sua, será do Odone, do Roth. A resposta ninguém tem. É preciso esperar um pouco mais.
Como será o Grêmio do Olímpico no final da noite de domingo. O instável? O vibrante? O vencedor? O apático? O antigo líder? O estádio vai receber o seu maior público de 2008. Os fãs estão curioso e sedentos por mais três pontos.
Mesmo que o Figueirense de Mário Sérgio esteja perto da nulidade, salvo milagres, como no 1 a 1 com o Tricolor na Capital, um fio tênue de esperança envolve o gremista.
O futebol é sempre misterioso. Dá para esperar de tudo. Pergunte ao palmeirense. Ele sabe.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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