Na Argentina, o River Plate, eterno rival do Boca, é conhecido como "os milionários". No Brasil, o Inter tem a maior folha de pagamento do país e muitas vezes seus jogadores são classificados como "os milionários colorados".
A opção foi da diretoria. Contratou jogadores que fugiam do padrão salarial da realidade do nosso futebol. O título no Japão mudou a cabeça de quem manda no clube, trocou a classificação do Inter no ranking dos maiores clubes. Quem vai uma vez ao Japão quer voltar todos os dias.
Dois mil e oito, por seu lado, borrou a imagem nacional do Inter. Seu Brasileirão tem sido péssimo, abaixo das possibilidades do time. A Copa Sul-Americana é a última oportunidade de um sorriso mais largo no final da temporada. Não haverá uma segunda chance no ano. É o título, inédito, ou nada. Ao menos que você se contente com o Gauchão e seus dividendos.
O Inter joga a sua vida em La Bombonera, joga o seu ano, entra em campo pelo seu orgulho. Não vai encontrar o melhor Boca dos últimos tempos. Problema dos argentinos, não dos gaúchos. Deve esperar um adversário motivado, guerreiro, como de costume, mas com apenas dois titulares em campo, Riquelme no banco, e ainda jogando com uma cômoda vantagem de dois gols.
O Inter dos nossos dias corre em campo com um ponto de interrogação grudado em cada camisa vermelha. Ninguém sabe adiantar o tom de cada performance. Pode jogar como no Gre-Nal. Pode atuar como contra o Ipatinga. O Inter é um mistério só. Mas muito dele já está desvendado. O jogo da quinta pode acelerar algumas coisas.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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