O Boca que o Inter enfrenta na Argentina, com uma preciosa vantagem de dois gols, é uma equipe jovem, inexperiente e que pode ser batida em casaFoto: Daniel Luna, AP |
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O jogo em La Bobonera não é uma grade final, mas é decisivo e encaminha o Inter ao inédito título da Copa Sul-Americana. Vencer o Boca em Buenos Aires é como andar de Mercedes conversível numa praia da Costa Azul francesa num dia de verão em agosto. Ninguém esqueça. É puro prazer.
O Inter não só pode ganhar a partida, como é favorito, pois venceu a primeira por 2 a 0 e o adversário ainda pretender usar apenas os reservas, talvez com a incômoda presença de Riquelme. O Boca de quinta não é o mesmo de uma passado bem recente. É inferior. Assusta, óbvio, mas tem as garras menores, menos afiadas. O Inter nunca teve chance igual.
Li uma entrevista do técnico Carlos Ischia na qual o argentino dizia que é muito difícil superar o Inter, desmanchar o 2 a 0, sofrer o estresse dos pênaltis ou marcar três gols. Ischia e os seus estão de olho fixo no Torneio Apertura, que dá ao campeão uma vaga na Copa Libertadores. A Sul-Americana tem outro peso no momento, não é prioridade. Bom para o Inter, que come e dorme torneio.
O Colorado que se apresenta em Buenos Aires fracassou no campeonato brasileiro. Mas é impossível misturar duas competições. Elas têm vida própria, não nascem geminadas.
O Inter é aquela incógnita de sempre. Não ganha fora, nunca se sabe se ele se comportará como o time que dobrou o Boca no Beira-Rio ou como o que empatou com os dispersos chilenos da Universidad Católica no mesmo terreno.
O certo é que o Inter pode terminar o ano surpreendentemente bem, com um título inédito, continental. Seu novembro se abre em dois caminhos:
1) Ganha a Sul-Americana, festeja um título inédito e vê o inimigo regional longe da possibilidade de ganhar qualquer título, fora até mesmo da Copa Libertadores da América. Termina o ano melhor, na frente dos azuis.
2) Tropeça na competição continental e termina o ano, véspera do centenário, festejando apenas o Gauchão, algo insuficiente para um clube que tem uma das duas maiores folhas de pagamento do país.
Ou seja: só a Copa Sul-Americana salva o 2008 do Inter. É o título ou nada.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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