O Grêmio cometeu sete pecados capitais.
Acompanhe.
1) Celso Roth tem sérios problemas não resolvidos com a direção de futebol. É ele os jogadores, os demais não contam. Roth não aceita sugestões, conversas mais longas, críticas, Vive no topo de um torre, negando acesso aos que desejam discutir futebol. Roth é do time do eu sozinho.
2) Celso Roth foi golpeado profundamente pela Polícia Federal. Sentiu a ação da autoridade e desabou. Depois da visita que precisou fazer a sede da PF nunca mais conseguiu controlar o time do Grêmio e tudo mais que o cerca. Sua produtividade caiu como as ações na Bolsa. Mas ele ainda não é culpado de nada, a fase é de investigação. Mas o técnico ficou abalado.
3) Celso Roth repetiu as suas performances antigas, talvez com alguns pequenos acréscimos. Ganhou na hora certa. Perdeu na hora errada. Manteve a sua biografia de técnico incapaz de disputar um grande título nacional. Na linguagem dos boleiros, Roth morreu na praia outra vez, não na água salgada, na areia fofa.
4) Faltou ao Grêmio, outra vez, uma grande liderança dentro de campo. O homem capaz de tranqüilizar o time e, ao mesmo tempo, colocar a bola embaixo do braço e começar o jogo outra vez. Bom jogador, nada mais do que bom, Tcheco jamais foi o líder que os azuis esperavam. Nos jogos mais importantes, sumiu ou se irritou ou se ausentou. Faltou um capitão de verdade.
5) A ausência de um lateral esquerdo confiável, a certeza que os atacantes haviam brigado com o gol. Quando mais o Grêmio precisou do seu sistema ofensivo, menos ele ofereceu. Roth testou todos, quase todas as duplas possíveis e não encontrou uma só capaz de fazer a diferença. A falta de gols atrasou o time, tirou a equipe da liderança. Sem latera/ala esquerdo, a equipe ficou capenga e abriu uma avenida no setor.
6) As três mais recentes contratações não deram certo. Souza, Orteman e Morales chegaram com nome e experiência. Chegaram com potencial para integrar os 11 titulares. Com credenciais. Jogaram, passaram sem brilho. Não deixaram um só jogo inesquecível na conta de ninguém, uma trilha de emoções perdidas. Muito pelo contrário. Decepcionaram. Foram três contratações enganosas, ao menos aparentam ser.
7) A torcida foi gigante, tomou o Olímpico, apoiou o time em todos os jogos. Não há queixas. Foi exemplar. Mas torcida, infelizmente, não ganha jogo sozinha, ajuda, mas não vence. Se vencesse, bastaria oferecer ingresso a R$ 1, lotar o estádio e correr para abraçar os campeões. Os fãs fizeram a sua parte, ao contrário da direção, do técnico e dos jogadores. O trio final não funcionou, Não cresceu na hora decisiva. Quando o Grêmio tinha o campeonato na mão direita, direção, técnico e jogadores naufragaram. Perderam pique, atolaram na reta final, se despediram do título. Faltou coesão.
Se você quiser, pode incluir um oitavo, um nono, quem sabe um décimo item. Tente
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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