O Inter soma seus 48 pontos. Olha de novo, refaz os números. Vê que não dá. O último integrante do apertado e imprevisível G-4 soma 10 unidades mais e as rodadas finais são apenas seis, 18 pontos possíveis. Não dá mesmo.
O Brasileirão é pó. A Copa Sul-Americana é a nova esperança. O campeonato nacional passou a ser campo de treino depois do péssimo empate com o Náutico no Beira-Rio.
Nada que o Inter fizer no Brasileirão adianta mais, a não ser lutar pelo amor próprio. Golear ou perder dá quase no mesmo. O prazer de uma vitória, a adrenalina da disputa, a luta pela a bola, são ações para o torneio continental. O local murchou.
Assim, não espere nada de muito especial nos próximos seis jogos do clube em solo brasileiro. Não imagine o desconfiado Grêmio que o Inter vá jogar pelo Rio Grande do Sul no Morumbi quase lotado contra a segunda equipe mais popular do Estado. Não vai. Nunca jogou.
Está escrito nos céus gaúchos que o Inter pretende usar um mistão na capital paulista. Nada mais natural, pois 72 horas depois enfrenta o Boca no seu jogo mais importante e decisivo de 2008. Todas as forças vermelhas devem ser guardadas para Buenos Aires. É a lógica.
O Grêmio faria o mesmo, o Flamengo, o São Paulo, o Cruzeiro e o Palmeiras seguiriam a mesma linha. Quando uma competição mais importante se apresenta no meio da outra, os clubes, sem exceção, sempre priorizam a que estão melhor colocados. Não há segunda opção. Os clubes só deixarão de agir assim quando a CBF exigir. Antes não, não tem conversa ou pressão que resolva.
O Inter teme lesões, cansaço e outros problemas. Imagina perder Nilmar, Guiñazu, D'Alessandro ou Alex domingo? Ok, treino também machuca jogador, mas ela sabe quando, onde e como correr nos dias que antecedem uma competição real.
O que o Inter não pode, e acho que não vai fazer, é jogar com as chuteiras da preguiça. Jogar contra o São Paulo é sempre um desafio, ainda mais com casa cheia e tevê cobrindo tudo. Seja lá qual for o time, os 11, o Inter precisa usar a sua camisa como a força e a dedicação de sempre. Vitória, ou derrota, é uma conseqüência dos 90 minutos.
O pior é amaciar. O que não é o caso do Inter no centro do país. Quem pede para perder não têm mais estrutura moral para exigir uma vitória logo depois. Cuidado! São Paulo e Inter pode mandar mensagens significativas para Boca e Inter.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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