A rodada do final de semana energizou o Grêmio. Abriu um novo horizonte aos azuis. Plantou ao mesmo tempo uma série de interrogações na cabeça de Celso Roth. São dúvidas que atacam o treinador e os torcedores mais atentos desde agosto. São problemas que, solucionados, pode definir (e alegrar) o futuro próximo do time. O Grêmio tem dúvidas em todos os setores do time 48 horas antes de uma das partidas mais decisivas de 2008.
Defesa: Com o 3-5-2, ficam Léo, Pereira e Rever. Se Roth entrar com quatro na defesa, sai Léo, entra Thiego e o time alinha com Victor, Matione (não acredito que ele ainda pense que Paulo Sérgio seja capaz de melhorar algo), Pereira, Rever e Thiego. O problema da nova defesa é que nenhum dos zagueiros usa o pé esquerdo preferencialmente. A saída de bola pelo lado esquerdo, desde a defesa, perde assim muita qualidade. Ao usar Rafael Carioca do lado esquerdo no segundo tempo com o Sport, o time ganhou um jogada mais qualificada pela lateral. Mas se deslocar o volante para o lado, Roth modificaria duas posições, pois seu lugar no meio-campo precisaria ser ocupado por uma volante de qualidade, jogador que o Grêmio não tem. Se tem, esconde, que é o caso de Adilson.
Meio-campo: Com quatro atletas na zaga, Roth pode escalar três no meio-campo, os mesmos de sempre, Carioca, William Magrão e Tcheco, com Souza e Douglas Costa atuando um pouco mais à frente. Mas com ordens de superpovoar o meio-campo e ainda assim se aproximar de Reinaldo, o provável e isolado número 9.
Ataque: No esquema atual, Perea e Reinaldo são os titulares. Se o sistema tático for mexido, Reinado será uma ilha no ataque, um ser isolado na frente, dependendo do preparo físico superior de Souza e Douglas, da aproximação dos dois, do serviço de garçom da dupla e das investidas de Matione que, mesmo sendo ala, insiste em entrar pelo meio, esquecendo que os atacantes também dependem dos seus raros cruzamentos.
A esperança: Souza foi contratado como sendo a cereja do bolo tricolor, o seria melhor do melhor do Grêmio, ao menos no bom e velho papel que aceita tudo. Ainda não jogou como tal, sempre foi esforçado coadjuvante. Sete rodadas antes do final do Brasileirão, nos jogos derradeiros e decisivos, ele precisar jogar o que sabe ou a contratação mais promissora e festejada do Olímpico de 2008 será a mais lamentada. A bola está no meio-campo com o experiente e rodado Souza.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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