O adversário gremista na noite de outono em plena primavera é um perigo justamente pela sua irregularidade longe de São Paulo: oito derrotas, quatro empates. Venceu apenas o Internacional (1 a 0). Ninguém imagina como o Santos (13ª) deve se comportar no Olímpico, assustado ou não por 40 mil pessoas vestindo azul.
O perigo mora aí. O adversário é imprevisível. A camisa branca é emblemática. Torcedores dizem, uns juram, que ela ás vezes joga sozinha, voa e flutua, imaginam que o jovem Pelé ainda está numa delas, que a mística do Rei mora na número 10.
A partida com ar de decisão tem todos os temperos para se tornar espetacular, emocionante. Visitar o estádio é quase uma obrigação. Só não vai que tem dor de dente.
O Grêmio joga toda a sua concentração em Porto Alegre, mas um milionésimo da sua audição estará concentrada em Florianópolis. O Figueirense (14.º colocado, com 32 pontos) joga um dos jogos da sua vida perto do mar contra o líder Palmeiras. É o melhor ataque (46 gols) contra a pior defesa (47), que deve atuar com três zagueiros, mais marcação, mais suor porque o talento é escasso.
Nos últimos cinco jogos, O Figueirense perdeu três, empatou um e ganhou outro. Levou uma avalanche de gols, 14. Na última vez que enfrentou um líder em casa, no caso o portentoso Grêmio do final do primeiro turno, sofreu uma avalanche de sete gols.
Os catarinenses precisam urgentemente dos três pontos para continuar na Série A. Precisam desesperadamente somar pontos e mais pontos. O abismo da segundona fica distante apenas seis pontos. Ao escalar a tabela, o Figueirense estará ajudado o Grêmio se este, claro, se ajudar.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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