O violento e inesperado ciclone extratropical que atingiu o Grêmio na beira do Guaíba sem aviso antecipado da meteorologia local foi devastador. Não só pela chuva de gols, 4 a 1, mas também pela tombo na tabela na 27ª rodada do Brasileirão.
Treze longas rodadas depois, o Tricolor desce do topo, assume a segundo colocação, atrás do novo líder Palmeiras (que também levou quatro do Inter), os dois com 50 pontos ganhos, mas os paulistas têm uma preciosa e definitiva vitória a mais, 15 contra 14.
Os efeitos da goleada no clássico pode ser ainda mais devastadora para o Grêmio, que agora volta ao Olímpico e aguarda o Botafogo, ainda com idéia fixa de assumir um posto no G-4. No jogo com os cariocas não existe outro resultado que não seja o dá vitória. Um derrota começar a detonar o cimento do G-4 que parecia sólido e definjitivo nos pés tricolores.
A derrota inapelável do Grêmio, enterra suas chuteiras na areia fofa e exibe outra vez a típica performance de um time de Celso Roth numa competição de pontos corridos. No começo, é um foguete. No returno, é o F-1 de Massa seguro por uma mangueira inútil como no GP de Cingapura. Pára do lado da pista. Não anda.
Roth escalou mal o time outra vez, manteve o inoperante Marcel, insistiu com o dispersivo Orteman, usou Pereira, que vinha de lesão, manteve os dois ineficientes laterais, Paulo Sérgio e Anderson Pico. Entrou no clássico como se pisasse num jogo qualquer, com os mesmos jogadores que estavam comprometendo, não surpreendeu, não deu algo mais, não trabalhou um fator surpresa. Levou quatro, poderia ter levado dois ou três mais se Edinho tivesse permanecido em campo e o Inter mantivesse seus 11, seu ritmo impressionante.
Ao mesmo tempo que o Grêmio cai, quatro jogos sem o grito da vitória no seu apavorante mês de setembro, o trio Cruzeiro, Flamengo e São Paulo exibe 46 pontos, quatro atrás do líder, e de olho vivo na liderança. A
A próxima rodada, 24 horas antes do difícil, no sentido de escolher alguém capacitado, voto de domingo, coloca o Palmeiras nas mãos do Atlético MG, na capital paulista, o Cruzeiro contra o Sport, em Minas, o São Paulo em Ipatinga e o Flamengo em Recife, contra o Náutico. O Inter encara o Coritiba, no Paraná, sob os olhos de um surpreso Brasil que deseja saber mais, do time que goleou o Grêmio, que o tirou da liderança, que ajudou o Palmeiras, que sobe na tabela como um Lewis Hamilton.
Quem diria, 11 rodadas antes do final, 33 pontos no ar, e ninguém pode dizer quem será o campeão de 2008, muito menos os seguros e felizes habitantes do G-4. O Brasileirão recomeça a cada rodada. Nunca um campeonato no Brasil foi tão espetacular.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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