A Seleção Brasileira anda roubando alguns centímetros de texto da Dupla. O centro das atenções da bola mudou de foco por breves dias. A quinta-feira nos oferece a realidade volta, sem que a Bolívia tenha perturbado o sono de ninguém. O futuro próximo de nove pontos que toca o Grêmio, apesar de líder, não é tão azul quanto os gremistas dizem observar no paraíso. Os três próximos compromissos pelo Brasileirão são mais difíceis do que aparentam. São de arrepiar.
1) O Goiás é historicamente um dos adversários que mais complicam a vida do tricolor, seja no Planalto Central ou no Sul. Cinco jogadores voltam ao time, Henrique e Paulo Henrique na zaga, Fernando e Paulo Baier no meio e Douglas na ala. Eles compensam a ausência certa de Romerito, um dos melhores do time ao lado do ex-colorado e agora goleador Iarley. Hélio dos Anjos, adorador do 3-6-1, não deve alterar o seu esquema, que as vezes roda num 3-5-2.
2) Depois do Goiás (10º colocado), um time em ascensão no campeonato, o Grêmio enfrenta os tormentos da Arena da Baixada, local onde o instável Atlético (18º) sempre se apresenta como um inimigo considerável. Os paranaenses afundaram na linha do rebaixando, estão marcados para cair, mas às vezes não se comportam como um time moribundo.
3) No final de semana definitivo de setembro, o clássico Gre-Nal toma conta do Estado como o jogo mais quente do ano. No pior dos cenários, ao menos para os gremistas, é um Inter (11º) embalado com três vitórias (Lusa, Botafogo e Vitória). E aí? O melhor é um Inter alquebrado por outra sucessão de resultados inconseqüentes. O Gre-Nal, por outro lado, é um jogo que desmente favoritos, que derruba teses, que pavimenta especulações. Não foram os reservas azuis que empataram com os titulares do Inter semanas atrás? Este é o melhor exemplo de que o clássico é mesmo imprevisível.
4) A poupança do Grêmio soma seis pontos e cresce financiada pela instabilidade dos seus vices e outros perseguidores. Seis pontos é muito, mas pode ser pouco em 14 rodadas. Dois tropeços e adeus tranqüilidade. O Grêmio precisa ser escravo da sua regularidade, manter o esquema, não tocar no seu meio-campo e deixar que os reservas tomem seus respectivos lugares em campo durante as necessidades que as partidas projetam. Não há mais espaço para invenções ou improvisações.
Bola Dividida é a coluna dos repórteres da editoria de Esportes de Zero Hora, editada por Luiz Zini Pires. Informações, comentários e análises sobre o futebol e outros esportes.
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