Recebi uma carta da governadora Yeda Crusius com um pedido para que eu leia a mensagem em todos os meus espaços.
No início, cheguei a pensar que fosse um fake, porque o "assunto" da mensagem não fazia sentido, mas como o e-mail é o que ela normalmente usa para se comunicar com jornalistas e secretários, e o texto corresponde ao seu estilo, devo acreditar que é verdadeiro. Consultei um técnico em informática e ouvi dele que não há como alguém mandar uma mensagem pelo endereço eletrônico de outra pessoa, a menos que tenha a senha.
Como a carta se refere a um post do blog, vou colar aqui o texto, enviado às 22h48min de ontem:
"Prezada Rosane
Tenho me mantida calada, à distância, como convém a uma Chefe de Poder com toda a responsabilidade que tem de dirigir o Rio Grande do Sul a um caminho de desenvolvimento e de justiça. Mas hoje passastes dos limites, e decido me manifestar como pessoa, além de como Governadora eleita, porque assim a população o espera.
Quanto à tua matéria em blog lido por milhares de pessoas, lamento profundamente a confirmação do teu sistemático engajamento na campanha liderada por Deputados do PT e agentes do PSOL, que na linha metódica que têm dado a conhecer desde o inicio de meu governo, eleito democraticamente pela maioria do povo gaúcho, reafirmam sua tendência ao desprezo pelo resultado das urnas, pretendendo reeditar um verdadeiro "golpe de Estado" no Rio Grande do Sul.
A tua manobra mais recente é apropriar-se da transparência que caracteriza este governo, com notas fiscais emitidas pelo próprio poder público, de 2007, e atribuir-lhes conotação que confunde a opinião pública. Atribuir magnitude extremada a gastos institucionais usualmente praticados pelos governantes em todos os níveis de representação, movimento transparente e legal de uma Governadora que optou por não residir no Palácio Piratini (onde eu poderia colocar esses mesmos móveis que publicas de modo demagógico em teu blog e efetuar esses mesmíssimos gastos arrolados como patrimônio do estado) fere as regras do convívio democrático. Optei por morar em minha residência privada (que adquiriu uma dimensão pública).
Há gastos inerentes à representação de um alto cargo, difíceis talvez para a população compreender num primeiro momento, mas necessários na transitoriedade de um mandato. E são práticas institucionais. Gastos com notas transparentes, à luz do dia e feitos de forma parcimoniosa, como reconheces. Julgas o meu governo por isso. Parabéns pelo teu engajamento. O verdadeiro jornalista o expressa.
Atenciosamente,
Yeda Crusius
PS: Espero e peço que leias a minha mensagem em todos em todos os teus programas."
Nascida há 48 anos em Campos Borges (RS), Rosane de Oliveira acumula hoje as funções de editora de Política e colunista de Zero Hora, apresentadora do Gaúcha Atualidade e comentarista da TVCOM. Quer ter a zerohora.com em seu blog? Clique na figura Leia os termos e condições deste blog
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