Foto: Ricardo Chaves, Banco de Dados - 11/12/2008 |
Poucas vezes o mesmo assunto produziu tanta desafinação nos discursos como aconteceu no Olímpico nestes meses iniciais do ano. A cansativa reiteração do que já era sabido — a Libertadores sempre será mais importante do que o Gauchão — esbarrou para outra prioridade, esta não admitida, que era a de torcer o nariz para o campeonato local, mas diante da liderança do grande rival, tentar por todos os meios desmerecer a competição, o Gre-Nal, o adversário (não está na Libertadores), etc. A fábula das uvas de chuteiras. E para compatibilizar discurso com fatos, a escalação de times formados por reservas e/ou, no máximo, uma mescla de poucos titulares e muitos suplentes, quando nem era necessário.
A lenga-lenga retórica acabou se voltando contra o próprio Grêmio. Se perder o Gauchão era um risco admitido e, até, justificado, não dar atividade para a equipe titular era submetê-la ao inevitável desentrosamento e consequente fragilização da força coletiva, virtudes indispensáveis na disputa pela Libertadores. Time se faz jogando, não existe outra fórmula. Foi assim, o discurso atrapalhando o time, até o jogo contra o São José. Com os titulares, o Grêmio fez goleada. Porém, mais do que o auspicioso resultado, a noite foi também de anúncio de uma decisão clara: o Grêmio colocará em campo a sua equipe titular, pelo menos uma vez por semana. Finalmente, uma decisão coerente e ajuizada.
Na próxima semana, o Grêmio viajará para novo compromisso pela Libertadores. Nada mais compreensível do que preservar os seus profissionais no próximo domingo, quando enfrentará a Ulbra.
Não são incompatíveis as conquistas da Libertadores e do Gauchão. Buscar as duas conquistas é dever do Grêmio e de qualquer clube. Só não é possível casar um pseudo interesse no campeonato estadual com o repetido discurso que desmobiliza a torcida e o próprio time. Nem os jogadores estavam agüentando a catilinária dos últimos tempos e pediram para disputar o Gauchão com força máxima. A partir de agora, a torcida gremista sabe que o Grêmio, verdadeiramente, lutará pelo título gaúcho. Será no campo e não, apenas, em vagos e poucos convincentes discursos.
Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no bolso, nascido em Três Passos (RS), na longínqua data de 16 de julho de 1949. Na minha carteira profissional está escrito: jornalista e radialista. Carregando...
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