Foto: Jefferson Botega |
O melhor time de um campeonato por pontos corridos, jogos de ida e volta, é aquele que consegue manter regularidade no topo da tabela. Quer dizer, tem que ser bom, mesmo, o melhor.
Neste quesito, nenhuma outra equipe supera o Grêmio. Muitos já ocuparam a liderança — até o Náutico já foi líder e hoje está na linha de rebaixamento — e outros tantos entraram e saíram do G-4.
O Grêmio só não esteve entre os quatro primeiro colocados durante três rodadas. Na 14ª, assumiu a liderança e não foi mais alcançado. A isto se chama regularidade. E é por estas razões que se coloca como o principal candidato ao título.
Se outro clube estivesse fazendo a campanha que o Grêmio faz, muita gente estaria reclamando da fórmula do campeonato. Já se estaria apontando esta equipe com campeã, 10 rodadas antes, e a competição teria perdido a graça. Estaria condenada pela monotonia, falta de emoção. Este foi o discurso ouvido no Rio Grande do Sul desde a implantação da atual fórmula. Hoje, reina silêncio absoluto sobre o tema. Aonde havia recriminações, ouvem-se manifestações emocionadas. Que, são justas e procedentes. O campeonato é maravilhoso. A campanha que o Grêmio faz é empolgante. Sobra emoção. Não existe monotonia.
Os resmungões silenciaram. É outro ganho acessório, produzido pela campanha gremista. Antes tarde do que nunca. E não adianta, por teimosia ou convicção, resgatar antigas posições. Seria, apenas, uma eventual resposta para esta confessa provocação. Antes, a lengalenga de que o campeonato era chato, sem graça, era ouvida quase diariamente.
Se a fórmula é a mesma de antes e não se escutam mais, DIARIAMENTE, as velhas reclamações, não adianta resgatar a velha bandeira para uma eventual resposta que, no minuto seguinte, será abandonada. Muito melhor é admitir que estavam enganados.
Sejam bem vindos, todos, ao clube dos que apreciam um campeonato em que só vence quem for, verdadeiramente, o melhor.
Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no bolso, nascido em Três Passos (RS), na longínqua data de 16 de julho de 1949. Na minha carteira profissional está escrito: jornalista e radialista. Carregando...
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