Foto: Marcelo Regua, AE |
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Celso Roth foi apenas a palavra mais ilustre no vestiário gremista a identificar "falta de atitude" do time, no Maracanã. Tcheco, jogador, e André Krieger, dirigentes, apenas variaram as palavras, mas o diagnóstico foi o mesmo. Levando em conta as avaliações do vestiário de vestiário, o Grêmio perdeu para o Flamengo porque o time "murchou" no Maracanã. Em outras palavras: não foi o Flamengo que ganhou, mas o Grêmio que perdeu.
Esta não é a melhor receita para se diagnosticar derrotas. É simples demais e, perigosa porque encobre as verdadeiras razões de um tropeço. Além disso, atitude, com o sentido que se dá no futebol, na maior parte das vezes é efeito e apenas raramente, causa. Foi o que aconteceu no Maracanã, segundo pensa este blogueiro.
O Flamengo é uma equipe de condições técnicas medianas, está muito longe de ser um grande time. Mas, mesmo assim, têm alguns valores que não podem ser desconsiderados. Os seus dois alas, por exemplo, são os melhores em atividade no futebol brasileiro. Leonardo Moura e Juan, que dupla de laterais estará jogando mais do que esta, no campeonato? Pois foi pelos lados que o Flamengo atacou o Grêmio, constrangendo Souza a uma atuação menor, enquanto cumpriu função defensiva, e tornou Anderson Pico o pior jogador do time. E os meias do Flamengo, Kleberson e Íbson, não seriam causa, também, dos problemas apresentados pelo Grêmio?
A falta de atitude diagnosticada no vestiário foi, na verdade, efeito da falta de soluções para enfrentar as melhores virtudes do Flamengo. Um time recua, se encolhe e até entristece quando o adversário se impõe. Na raiz do problema, nunca estará a falta de atitude mas, apenas, a superioridade, ainda que eventual, do rival.
Nada custa admitir que o Flamengo foi superior, ainda que pouco, e por isso justificou a sua vitória. Muito melhor é reconhecer as dificuldades encontradas e buscar soluções para que elas não reapareçam no futuro. Porque se acreditarem que faltou, somente, atitude, bastará escalar um psiquiatra e/ou motivador, no próximo jogo, que tudo estará resolvido. Pico, inclusive, não se importará se tiver que marcar um Leonardo Moura ou um Juquinha qualquer. Não fará diferença porque ele, Pico, estará bêbado de atitude.
Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no bolso, nascido em Três Passos (RS), na longínqua data de 16 de julho de 1949. Na minha carteira profissional está escrito: jornalista e radialista. Carregando...
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