Má atuação da arbitragem acabou não prejudicando goleada coloradaFoto: Valdir Friolin |
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Foi mais do que um jogo. Foi, na verdade, um acontecimento. Ou melhor, uma seqëncia incrível de ocorrências. O Inter pisou no gramado do Beira-Rio para enfrentar o terceiro colocado do Brasileirão, carregando um peso extraordinário de pressões e com a inadiável necessidade de vencer. O Palmeiras, além do bom time, colocava no caminho do Inter o festejado Wanderley Luxemburgo, um obstáculo a mais para ser vencido.
Se não bastasse o trauma que tomava conta do time e dos colorados, motivado por uma série de maus resultados que culminaram com a goleada sofrida em São Januário, o Inter ainda teria que superar, ontem à noite, uma arbitragem extremamente danosa aos seus interesses.
O jogo mal tinha começado e o árbitro baiano Jailson Freitas já estava marcando pênalti contra o Inter em uma jogada na qual Clemer sequer tocou no atacante Alex Mineiro. O árbitro se enganou, marcou falta na área e ainda aplicou cartão amarelo no goleiro colorado. Gol do Palmeiras. O quejá estava ruim, ficou péssimo.
Durante algum tempo a perturbação tomou conta do time. Até que, aos 18 minutos, Alex cobrou falta e Índio empatou. O jogo começava ali, naquele momento, para o Inter. Um minuto depois, o próprio Alex surpreendia o goleiro Marcos e marcava o segundo gol. O Inter começava a superar o adversário e a arbitragem. Assim terminou a etapa inicial, com vitória parcial do Inter.
Veio o segundo tempo e Luxemburgo reforçou o ataque palmeirense. Tite deu a resposta transformando o seu esquema com três zagueiros em uma linha defensiva com quatro jogadores: Índio, Bolivar, Marcão e Gustavo Nery. A providência foi suficiente para anular todo o empenho ofensivo do Palmeiras.
O Inter ainda faria mais dois gols, obrigaria Marcos a fazer, pelo menos, três grandes defesas, teve um gol mal anulado pela arbitragem que completou o seu rol de erros contra o Inter não expulsando Kleber, que agrediu Guiñazu com uma cotovelada no rosto, agressão flagrada pelo árbitro-auxiliar e denunciada para o árbitro principal que, inexplicavelmente, não expulsou o agressor palmeirense.
O Inter teve vários destaques individuais. Clemer, que falhara em São Januário, fez defesas importantes quando o Palmeiras ainda vencia o jogo. Índio foi seguro atrás e marcou dois gols de cabeça. Não poderia fazer mais. Marcão, que andava marcado pela torcida, teve atuação exemplar como zagueiro. Magrão foi um acréscimo em relação a Edinho e Guiñazu, seu companheiro de primeira função do meio-campo, foi um combatente destemido e incansável.
Mais à frente, começou a aparecer o grande futebol de D'Alessandro. O argentino deu um toque de classe ao meio-campo colorado. Passes precisos, bons lançamentos, cobranças de faltas qualificadas, alta movimentação e elevado espírito coletivo. Vai melhorar ainda mais, confirmando que o Inter fez uma grande contratação. No ataque, a volta de Alex fez a diferença. Um golaço e uma cobrança de falta para outro gol, Alex matou a saudade da torcida com um grande retorno.
Quase 15 mil colorados enfrentaram o mau tempo, o horário ruim e a má fase do time. Não se arrependeram. Saíram festejando uma das mais eletrizantes vitórias do Inter nos últimos meses.
É possível que o jogo de ontem, contra o Palmeiras, tenha sido um marco na reação do Inter no campeonato. Só falta todo mundo entrar em forma. Domingo será a vez de o Inter enfrentar o Flamengo. É difícil imaginar menos do que o Beira-Rio lotado de colorados renovados nas suas expectativas.
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