Fatos novos reacendem, inevitavelmente, a discussão sobre a fórmula do Brasileirão.
Quem gosta, argumenta que esta é a única maneira de privilegiar o mérito. Quem reprova, pondera que a competição não tem a emoção de uma final e lembra, adequadamente, que a competição pode perder o seu encanto se um time disparar na liderança. Existem bons argumentos nas duas trincheiras.
Coloco-me entre os primeiros: quero que a melhor equipe do certame inteiro seja a campeã, e não um time que esteja melhor apenas em um ou dois jogos.
Mas, para que sejam privilegiados todos os pontos de vista — os que primam pelo mérito, os que prezam pela emoção de uma fase final e os que lamentam uma eventual disparada —, proponho uma fórmula meio maluca que privilegia todo mundo.
Seria assim:
• As vagas para a Libertadores só seriam definidas após a última rodada, privilegiando as quatro melhores campanhas. Se o campeão do primeiro turno obtiver esta garantia e também a de que será finalista, perderá todo o interesse no turno final, o que causaria desequilíbrio técnico e a possibilidade esdrúxula de o vencedor do turno inicial decidir o título, digamos, com 50 pontos ganhos e outra equipe, com 60 pontos, ficar de fora da decisão porque não ganhou nenhum dos dois turnos. Esta Fórmula Fraga também impõe o teórico risco de o campeão ser rebaixado. Definir os ganhadores das quatro vagas para a Libertadores apenas depois que todos tiverem se enfrentado duas vezes é garantia para que o campeão do turno inicial não se desmotive.
• Se o time de melhor campanha obtiver uma diferença superior a seis pontos do segundo colocado, ele será declarado campeão e não haverá uma fase decisiva. Se, contudo, a diferença entre o líder e o vice-líder for igual ou inferior a seis pontos, serão disputados dois jogos decisivos, entre ambos, para que seja apurado o campeão. Seria injusto se o campeão tivesse feito, durante o campeonato inteiro, sete, oito ou mais pontos a menos do que aquela equipe de melhor performance que, em uma melhor de dois jogos, fosse eventualmente superada. Tudo em nome do mérito.
Complicado? Também acho. Então, por que mudar o que está dando certo? O Grêmio está disparando na liderança. Alguém se apresenta para declarar que o campeonato perdeu a graça? Eu, não!
Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no bolso, nascido em Três Passos (RS), na longínqua data de 16 de julho de 1949. Na minha carteira profissional está escrito: jornalista e radialista. Carregando...
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