Foto: Adriana Franciosi e Valdir Friolin - BD |
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É dispensável citar a causa, mas é imprescindível registrar que, já faz algum tempo, sumiram as lamúrias contra a alegada falta de emoções de um campeonato longo, em que todos jogam contra todos na casa de todos.
A competição ficou repentinamente atraente. É verdade que o público, único e insuperável interessado, manteve a sua aprovação. Por este superior quesito, falam os números:
2006
GRÊMIO ........ 1º lugar em média de público ........ 25.630 por jogo no Olímpico
INTER ........ 3º lugar em média de público ........ 22.084 por jogo no Beira-Rio
2007
GRÊMIO ........ 6º lugar em média de público ........ 21.937 por jogo no Olímpico
INTER ........ 7º lugar em média de público ........ 18.335 por jogo no Beira-Rio
2008
GRÊMIO ........ 2º lugar em média de público ........ 28.543 por jogo no Olímpico
INTER ........ 3º lugar em média de público ........ 23.521 por jogo no Beira-Rio
A performance de público da dupla Gre-Nal, neste período, desnuda o seu inquestionável gosto pelo modelo de campeonato:
GRÊMIO — média de 25.370 torcedores por jogo no Olímpico
INTER — média de 21.313 torcedores por jogo no Beira-Rio
Até a instituição dos pontos corridos, o Campeonato Brasileiro apresentava uma média pouco superior a 10 mil torcedores por jogo. Entre os torcedores da dupla Gre-Nal, o interesse duplicou. São números que nada têm a ver com preferências pessoais.
A verdade definitiva é que quem estimula o interesse do torcedor é a campanha da sua equipe. Se for boa, tudo está bem. Se, porém, o time for mal, nada presta, da bola à fórmula da competição.
Pior ainda se o rival doméstico estiver se dando bem. Aí, sim, é que tudo se transforma em porcaria. Inclusive a qualidade técnica do futebol.
Vai entender a paixão...
Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no bolso, nascido em Três Passos (RS), na longínqua data de 16 de julho de 1949. Na minha carteira profissional está escrito: jornalista e radialista. Carregando...
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