Vasco empurrou Grêmio para trásFoto: Fábio Borges, VipComm |
Existe uma implicância crítica que se perpetua sem qualquer contestação ou esclarecimento que a confirme ou desminta. Com curta freqüência, repete-se que o treinador "mandou o time recuar", e aí o adversário cresceu, dominou etc. Até hoje, entretanto, não ouvi testemunho confiável de que esta ordem tenha sido dada. É verdade que, quando o treinador substitui um atacante por um defensor, está robustecendo o seu sistema defensivo e, conseqüentemente, recuando a equipe. Mas não é apenas nestas ocasiões que a crítica aparece, ainda que muitas vezes se justifique a decisão do treinador. Sábado, em São Januário, o Vasco da Gama empurrou o Grêmio para trás com o ingresso de Jean. Era previsível que acontecesse, afinal, o Vasco jogava no seu estádio e precisava vencer. Nestas circunstâncias, o que deve fazer o treinador do time visitante? Como está sendo atacado, deve tirar um defensor e colocar um atacante, ou está no contrário a decisão mais recomendável? Celso Roth, quando "inventou mal" no jogo contra o Juventude, foi criticado, justificada e duramente, pela imprensa. Mas não cabe inventar uma ordem que Roth não deu, apenas porque se tem antipatia pelo treinador. O Grêmio admite que está carente de qualidade e quantidade de jogadores. Roger, por exemplo, não tem reserva, e sábado, no segundo tempo, simplesmente abandonou o jogo, parou em campo, contribuindo para o enfraquecimento do Grêmio e o crescimento do Vasco. Tcheco só poderá ser utilizado em agosto e, sobre Julio dos Santos, não têm saído informações. Até lá, este será um problema recorrente no Grêmio. Mas, voltando ao jogo de sábado, quem mandou o Grêmio recuar? A resposta certa é: Antônio Lopes e o seu time.
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