O tradicional "aviãozinho da flauta"Foto: Júlio Cordeiro, Banco de Dados |
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Desejar o fracasso do rival, certamente, só não caracteriza séria enfermidade social porque a derrota alheia nada mais significa do que a sádica satisfação de ver o adversário sofrendo, e ainda desfrutar a oportunidade de, cutucando-o, aumentar o seu desconforto.
Se alguém procurar uma frase, uma expressão que melhor retrate o sadismo dominante na rivalidade Gre-Nal, não encontrará outra melhor e mais completa do que esta:
"ELES ESTÃO FORA"
Três palavras, apenas, sem cores clubísticas mas carregadas de significados. Esta expressão aparece todos os anos, várias vezes, em cartazes empunhados por torcedores, já foi lida em placar eletrônico e, máxima sofisticação, em enormes faixas puxadas pelo famoso "aviãozinho da flauta". Quando ele surge, metade do Rio Grande do Sul se estrebucha rindo e a outra metade murcha e range dentes.
Certa vez, tentei ler mas não consegui ir além de poucas páginas, uma pérola da literatura (?) neo-liberal intitulada O Elogio do Egoísmo. Indigerível, para os limites do meu estômago. Entretanto, comprovando que a realidade nos embreta, muitas vezes, contra o muro da incoerência, estou quase fazendo "o elogio da inveja".
Daqui em diante, não me atrevo a outras considerações, pois estaria protagonizando o inequívoco exercício da charlatanice. Que expliquem os analistas do comportamento humano.
Quando, recentemente, o Grêmio bailou no Gauchão e na Copa do Brasil, o "aviãozinho da flauta" riscou os ares de Porto Alegre anunciando: "Eles estão fora". A palavra "eles" na cor azul, claro. Embora não tenha visto, tenho certeza de que a simpática aeronave já ziguezagueou pelos céus de Porto Alegre com a mesma mensagem e uma única diferença: a palavra "eles" em vermelho. Se o mini-motor não decolou, vai decolar neste domingo, aposto alguns tostões.
Como esta batalha aérea não me aflige, divirto-me muito com estas estripulias aéreas. Apesar do tédio que a repetição provoca.
Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no bolso, nascido em Três Passos (RS), na longínqua data de 16 de julho de 1949. Na minha carteira profissional está escrito: jornalista e radialista. Carregando...
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