No último gol do Sport, já não havia esperançaFoto: Arnaldo Carvalho, JC Imagem, AE |
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Abel não errou escalando Jonas. Era, mesmo, o jogador mais indicado para substituir Magrão. Não foi bem, é verdade absoluta. Mas, seria injusto e simplório colocar sobre Jonas a responsabilidade da derrota. Tanto quanto cobrar de Nilmar, obrigado a enfrentar sozinho a defesa inteira do Sport.
Sidney e Titi, que substituíram Índio e Marcão, mostraram bom rendimento enquanto estiveram em campo. Não foi por eles que o Inter fracassou. Pessanha e Derley, dois meninos, entraram na partida quando o Sport já dominava o meio-campo.
Até Guiñazu se perdeu. Pudera: Jonas estava mal, Alex foi remetido, pela enésima vez, para a lateral e Fernandão, herói na decisão contra o glorioso Juventude, poderia estar pescando no Capibaribe, visitando Olinda, contemplando os recifes da Boa Viagem ou acomodado em um barzinho no Farol da Barra, em qualquer lugar menos na Ilha do Retiro.
Na sua rotina, interrompida de vez em quando, não fez bom trabalho de armação e nem compareceu ao ataque. Mas, cumpriu com zelo e competência a sua missão de liderar o time, orientar seus companheiros e dar entrevistas. Abel Braga, como sempre, tentou alimentar o ataque fazendo Iarley entrar no jogo.
E, como em inúmeras outras ocasiões, não conseguiu. Iarley é outro profissional de elogiáveis virtudes morais. Uma liderança positiva como existem poucas iguais no futebol brasileiro. Nesta função, é merecedor de todos os elogios. Mas, como atacante...
Reclamar de Bustos é possível, também jogou pouco. Mas, quando foi que jogou muito? Uma ou duas vezes, se tanto? Nele, as cobranças devem ter o tamanho da sua importância para o time. Enfim, o Inter foi campeão gaúcho e ninguém pareceu disposto a considerar que o campeonato estadual tem registrado no seu DNA: competição engana-bobo.
Até se defrontar com o Sport, o Inter só havia enfrentado times da segunda divisão. Quando teve que encarar uma equipe da primeira, foi eliminado. Não estou fazendo estes registros por qualquer outra razão que não seja a de privilegiar, exclusivamente, a verdade. Mas, ainda se passará um bom tempo para que sejam percebidos todos os reais problemas do Inter.
Até lá, Jonas, Bustos e outros se revezarão na frigideira ardente. Quando não houver mais ninguém para “queimar” e, mesmo assim, a vida não melhorar, só restará aceitar a realidade. Mas, aí talvez seja tarde demais.
Certa vez comparei o Inter a um Titanic condenado ao naufrágio. Recebo e-mails inconformados, até hoje. Se esta eliminação ainda não colocou o barco a pique, certamente ele não está navegando a pleno vapor. Ou alguém pensa que está?
Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no bolso, nascido em Três Passos (RS), na longínqua data de 16 de julho de 1949. Na minha carteira profissional está escrito: jornalista e radialista. Carregando...
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