Abel: no Beira-Rio, redimiu-se dos enganosFoto: Valdir Friolin |
Torcedor é apaixonado, passional e venera os seus ídolos. Sem estes ingredientes paridos pela emoção, o futebol seria sem graça e, talvez, morresse por efeito de uma asfixiante monotonia.
Diferente do torcedor, o comentarista esportivo não se apaixona e não deve ter ídolos. Cabe-lhe, simplesmente, considerar os fatos, driblando o contágio da emoção. Se não fosse assim, o seu lugar seria na arquibancada, bandeira na mão e berro na garganta.
Assim, se Abel Braga errou em Curitiba, é intransferível tarefa do analista registrar e justificar o que considera ter sido um equívoco. Mas, passado o episódio, as reprovações devem ser substituídas por elogios se novos fatos assim determinarem.
Contra o Paraná, no Beira-Rio, Abel redimiu-se dos enganos cometidos em Curitiba. Foi o que este blogueiro disse na Rádio Gaúcha, ANTES de o jogo começar. Com o jogo andando, Abel fez substituições que o comentarista aprovou QUANDO elas aconteciam. Quem escutou a transmissão do jogo pela Gaúcha sabe disso.
Fernandão, há algumas semanas, vinha sendo um peso morto no time do Inter. Seja porque estava escalado fora de posição ou porque atravessava momento técnico ruim, a sua contribuição era negativa. Para o torcedor colorado, o grande capitão era um ídolo a ser festejado, mesmo jogando mal. Para o comentarista, apenas um jogador, como outro qualquer, que estava prejudicando a sua equipe.
No jogo em que o Inter decidiu a vaga de finalista, contra o Caxias, Abel reequipou o time com um volante e liberou Fernandão das tarefas operárias de marcação, que tanto vinham emperrando as suas atuações. Fernandão cresceu e jogou bem. Diante do Paraná, ele foi precioso e decisivo na liderança técnica e emocional do time. Em campo, parecia um "paizão" orientando e conduzindo os seus filhos. A grandeza e a importância de Fernandão foi registrada, sem favor algum, pelo comentarista do jogo.
Como Fernandão e Abel, outras personagens do futebol recebem e sempre receberão tratamento diferenciado quando as avaliações vierem das arquibancadas ou das cabines de imprensa. É assim que tem que ser, sem culpas e recriminações. Um ditado antigo, com breve acréscimo, reproduz uma verdade:
TODOS OS MACACOS SÃO BONITOS, MAS CADA UM NO SEU GALHO.
Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no bolso, nascido em Três Passos (RS), na longínqua data de 16 de julho de 1949. Na minha carteira profissional está escrito: jornalista e radialista. Carregando...
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