Não há palavras para descrever o grande espetáculoFoto: Jefferson Botega |
Quem esteve no Beira-Rio, ontem à noite, viu-se carente de palavras adequadas para expressar a grandiosidade dos acontecimentos.
Não foi um jogo que se destacasse pela qualidade técnica, eficiência estratégica ou surpresas táticas. Aliás, nem foi um jogo, foi muito mais.
Comentei a partida na rádio e, quando a reportagem anunciou a escalação do Inter observei, ao microfone, que Abel Braga apostava em uma escalação lógica e racional. A melhor possível. Ji-Paraná estava na posição de Guiñazú e Andrezinho na de Alex. Todo o mundo no seu lugar.
Antes da bola rolar, imaginei que o Inter, daquela maneira formado, poderia ganhar o jogo. Mas, em momento algum me ocorreu que aquela noite se transformaria em uma jornada histórica. Com menos de um minuto de jogo, Jonas foi nocauteado por Índio, seu companheiro de time, em uma dividida de bola pelo alto. Caiu, desmaiou e o estádio silenciou. Saiu de ambulância do Beira-Rio.
O Paraná, aproveitando aqueles segundos de comoção que se abateram sobre o Inter, aproveitou-se para fazer o primeiro gol do jogo. A partir daquele momento, o Inter decidiu que não haveria jogo mas, sim, um exemplo de indignação com os fatos.
Os jogadores colorados não aceitaram a desclassificação que se mostrava quase inevitável, naquele começo de jogo. O que se viu, depois, arrepiou mais de 40 mil colorados, presentes ao estádio. Bravura, garra, superação, cada jogador se transformou em um guerreiro inconformado com o resultado.
Andrezinho, que substituía o grande Alex, marcou dois gols, deu assistências preciosas e encheu os olhos da torcida. Magrão multiplicou-se em campo. Índio foi imponente, superando as dores de nova lesão muscular, fazendo um gol e parando quem se atrevesse a aparecer na sua frente. Fernandão correu como um louco. Liderou o time e deu o tom do jogo. Jogou demais. Até Nilmar, que anda se prejudicando pela ansiedade em fazer um gol, contribuiu com o pênalti arrancado no final do jogo, quando o Paraná crescia e ameaçava.
No reservado do Inter, Abel foi um comandante seguro e preciso nas substituições. Reabilitou-se, amplamente, dos equívocos de Curitiba. Ontem, esbanjou acertos.
No estádio, faltaram palavras para expressar com precisão o grande espetáculo de arrojo e abnegação oferecido pelo Inter. E, talvez nem fossem necessárias. A noitada colorada foi mais para sentir do que para descrever.
Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no bolso, nascido em Três Passos (RS), na longínqua data de 16 de julho de 1949. Na minha carteira profissional está escrito: jornalista e radialista. Carregando...
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