Alex foi o destaque da partidaFoto: Mauro Vieira |
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O Inter venceu, convenceu e está nas finais do Gauchão. O desempenho coletivo foi primoroso, até começarem as lesões, primeiro de Alex e depois de Guiñazu. Até este momento negativo, o Inter reapresentou todas as virtudes de alta rotação, marcação e ocupação de espaços que vinham encantando a torcida.
Os dois gols de Alex não foram mais do que conseqüências destas qualidades. Um jogador foi responsável por toda a transformação: Jonas. Ele não é craque, joga com simplicidade e cumpre tarefas. Mas, preencheu com eficiência a função de primeiro volante produzindo benignos efeitos em cascata: Guiñazu e Magrão sentiram-se liberados para apoiar, Alex pode atacar e Fernandão ficou autorizado a pensar menos em marcar e mais em organizar o ataque. Um jogador, uma função preenchida. Não pensava em outra coisa quem lembrava em Danny Morais para jogar na frente da defesa. Nesta posição, ele treinou e participou de três jogos. Um volante acertou o time colorado. Um volante, perceberam?
Jonas, pelo significado tático da sua presença, foi importantíssimo para o desempenho satisfatório do Inter. Mas o craque individual do jogo foi, indiscutivelmente, Alex. Como ele, poucos jogadores, no Brasil, estão finalizando jogadas ofensivas com tanta qualidade. Alex, como uma mulher de 30, está no auge da sua carreira. Técnica e serenidade fazem dele o craque do Gauchão.
O Inter voltou a jogar bem com um esquema tático que tem jeito de 3-5-2, parece 4-4-2 mas tanto pode ser 4-5-1 como 3-6-1. O que seria uma imprecisão é, na verdade, uma virtude do time: o revezamento na ocupação de espaços e o rodízio no desempenho das funções. Por esta razão o estilo do time foi apelidado de carrossel, fato que tanta polêmica provocou.
Depois do jogo, Abel Braga citou, várias vezes, que tendo um volante para escalar, foi possível o Inter jogar como vinha jogando. O seu equívoco foi, para evitar uma adaptação, sacrificar a boa mecânica do time que ele mesmo criou. Porém, é mérito seu a formatação do time, jogando em alta rotação. Gosto de elogiar Abel pelos seus acertos e não pelos erros. Mesmo com vitória, como aconteceu no Centenário, em Caxias do Sul.
Guiñazu torceu o joelho e dificilmente enfrentará o Paraná. Alex tem melhores possibilidades. Eles são dois dos quatro jogadores diferenciados que o Inter tem. Os outros são Fernandão e Nilmar que terão que compensar a ausência de Guina, pelo menos. Se Guiñazu não se recuperar, o seu substituto ideal seria aquele que tivesse as características mais aproximadas do titular. Salvo melhor indicação, Ji-Paraná parece ser este jogador. Mas, este jogador está parado já faz muito tempo. Situação complicada para Abel resolver. O treinador só não deverá ceder a tentação de substituir Guiñazu por mais um atacante, pensando que assim tornará o time mais ofensivo. Mas, Abel já anunciou que vai “prá dentro” do Paraná. O risco é se abrir, sofrer um gol e precisar fazer quatro gols.
Nilmar correu muito, se esforçou mas não conseguiu marcar o seu gol. Foi substituído por Iarley. É possível que Abel quisesse prestigiar Iarley, um jogador que tem sido, por várias razões, muito importante para o time. Mas, o reserva de Nilmar não pode ser outro que não o Adriano.
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