Não deixaram Nilmar jogarFoto: Marcelo Campos, Vipcomm, Divulgação |
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Na Vila Capanema, Nilmar não conseguiu jogar, por mais que se movimentasse e se posicionasse para receber uma bola que não chegava. Centroavante depende de assistências, tarefa do meio-campo. Mas, como este setor poderia funcionar se foi amplamente dominado pelo Paraná?
Abel Braga começou o jogo com Roger substituindo Fernandão, formatando o time com um quarteto de meio-campistas. Com poucos minutos de jogo, deslocou Roger para a ala-esquerda porque o adversário estava penetrando naquele espaço.
Não ocorreu ao treinador colorado que, antes de fragilizar o meio, deveria orientar Guiñazu, Alex e/ou Iarley para que participassem do esforço de conter quem, naquele flanco, estava ameaçando o Inter. Preferiu transferir Roger para o lado, deixando o meio-campo apenas com Magrão, Guiñazu e Alex.
Como este recebeu marcação especial do Paraná, restaram apenas os dois volantes compondo o setor. Ceder o controle do meio-campo é uma situação que se reitera no Internacional, desde que Edinho e Wellington Monteiro foram para o Departamento Médico.
A partir daí, como Abel se nega a utilizar Sandro ou adaptar um zagueiro na frente da defesa, o Inter passou a jogar com quatro e, até, três jogadores no meio. Além disso, ainda tem a enganosa idéia de que vários atacantes tornam o time ofensivo quando acontece, exatamente, o contrário.
Precisando compensar e preencher os vazios do meio-campo, atacantes obrigam-se a recuar tentando fazer o que não sabem, marcar, abandonando Nilmar na frente.
Enfim, os mesmos problemas reaparecem de tempos em tempos provocando as mesmas críticas e as mesmas manifestações iradas de torcedores contra quem critica. Enquanto Abel não romper os laços com a sua tchurma, continuará acomodando os seus amigos em desfavor do equilíbrio do time.
Já perceberam que o time contraiu problemas estruturais com a volta de Nilmar, quando deveria ser o contrário? Claro, o esquema tático mudou com a inclusão do atacante e a manutenção dos outros atacantes que já estavam no time.
O Inter acabou se transformando em um inofensivo time ofensivo. Mas, para que tudo se transforme em festa, basta um gol aos 47 minutos do segundo tempo para que sobrem aplausos e auto-louvações.
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