Foto: Mauro Vieira |
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A forte rejeição dos gremistas ao treinador Celso Roth atingiu, igualmente, quem se atreveu a defender o treinador de algumas acusações, incluindo este blogueiro.
Na verdade, não fiz e nem faço a defesa de treinador algum, apenas me desconfortam certos exageros. E o maior deles é apontar Roth como um treinador retranqueiro. Até porque são raros os treinadores que, atualmente, não priorizam cuidados defensivos para as suas equipes. Celso é apenas, mais um deles.
Quem não gosta dele, argumenta que falta-lhe no currículo um grande título. É verdade, falta mesmo. E acho que esta limitação curricular tem a ver com o temperamento complicado que, Celso Roth anuncia, está mudado. Não pesquisei, mas acho que não são muitos os casos em que Roth atravessou uma temporada inteira em um clube. Deve ter acontecido, mas não com muita freqüência. Assim, sem concluir o trabalho, conquistar grandes títulos torna-se impossível.
Mas esta não é uma carência apenas na biografia do novo treinador gremista. Abel Braga também era acusado de ser um treinador "quase": Quase campeão brasileiro, quase campeão da Copa do Brasil e por aí ia. Até que, no mesmo ano, Abel ganhou todos os maiores títulos da América do Sul e do mundo.
Tudo o que o Celso Roth precisa é provar que está, mesmo, mudado. Que o seu estilo, agora, é light. Se continuar arrumando encrenca com dirigentes, jogadores e/ou imprensa, continuará encurtando a sua permanência nos clubes e seguirá sem ganhar grandes títulos.
Roth, para demonstrar que mudou, anuncia que só fará treinamentos fechados em ocasiões especiais. Não será apenas para agradar a imprensa, que já aprendeu a conviver com este procedimento, mas certamente porque sabe que se trata de uma grande besteira, de pouquíssimos resultados práticos.
Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no bolso, nascido em Três Passos (RS), na longínqua data de 16 de julho de 1949. Na minha carteira profissional está escrito: jornalista e radialista. Carregando...
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