Ônibus do Grêmio foi impedido de deixar o Minerão para que Maxi López prestasse depoimentoFoto: Leandro Behs |
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No campo, derrota. Fora do campo, muita confusão. Não foi boa a passagem do Grêmio pelo Mineirão. O time até surpreendeu, no primeiro tempo, quando controlou o Cruzeiro e criou três ou quatro situações para marcar gols, todas elas desperdiçadas pela crônica ineficiência do ataque gremista. Mas, apesar do bom desempenho do time de Autuori, foi o Cruzeiro que abriu o escore no período em que o Grêmio jogava melhor.
Kléber cruzou da ponta direita, Léo não percebeu a aproximação de Welington Paulista e o atacante cruzeirense antecipou-se, marcando de cabeça. Na volta do intervalo, má sorte: o Grêmio foi surpreendido, logo no início, com o segundo gol do adversário, bola chutada de fora da área por Wagner e desviada por Tcheco. Com dois a zero, o Grêmio abriu-se na busca do seu gol. Acabou levando o terceiro, desta vez por falha da defesa que permitiu que Fabinho cabeceasse, sem marcação, dentro da área. A possibilidade de o Grêmio reverter o resultado seria quase impossível. Mas, aos 33 minutos de jogo, Souza fez o gol da esperança cobrando falta com perfeição. O jogo terminou em 3 a 1 com o Grêmio precisando fazer dois a zero, no Olímpico, para ficar com a vaga. O jogo acabou e começou a confusão.
Elicarlos, na saída de campo, denunciou Maxi Lopes de tê-lo chamado de macaco. A denúncia aos microfones transformou-se em registro formal mas quando a polícia tentou levar o argentino para prestar depoimento, os dirigentes do Grêmio não permitiram que os agentes entrassem no ônibus e a partir daí restou grande confusão no pátio do Mineirão. Policiais mineiros chegaram a sacar armas, teve gente algemada, muita discussão para, depois de uma enorme perda de tempo, Maxi López ser levado para dar depoimento, ali mesmo, no Mineirão.
A Justiça vai decidir, agora, se houve injúria racial. Mas, restou um contencioso entre os dois clubes que deveria ter sido evitado. O que era para ser uma questão a ser resolvida entre os dois jogadores, Maxi López e Elicarlos, transformou-se em ataques de André Krieger a direção do Cruzeiro. Os discursos exaltados acrescentaram mais combustível ao fogaréu aceso com a denúncia de racismo. É quase inevitável que o segundo jogo, no Olímpico, seja marcado por um ambiente negativo, o que não interessa ao Grêmio. A equipe de Paulo Autuori precisará de toda a normalidade possível para tentar superar a desvantagem do escore. Tampouco interessa ao Grêmio que a delegação do Cruzeiro seja hostilizada, em Porto Alegre. Tomara que os torcedores não se deixem contaminar pelas manifestações incendiárias de Belo Horizonte. O que aconteceu, ou não, será resolvido pela Justiça. A classificação terá que ser buscada dentro do campo, somente. Tudo acontecer fora do campo poderá prejudicar a imagem do Grêmio e nada acrescentará ao time.
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