Autuori tem todos os direitos para escolher o momento das mudançasFoto: Mauro Vieira |
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Já escrevi e reitero: é demasia criticar Paulo Autuori que recém está começando o seu trabalho no Grêmio. Porém, não estão proibidas observações que contrariem algumas decisões do treinador uma vez que subjacente está o interesse em ajudá-lo.
Autuori não estava em Porto Alegre até um mês atrás. Não acompanhou a trajetória do Grêmio, sequer pode medir o tamanho dos adversários enfrentados. Quem estava aqui, sabe que e repetiu várias vezes, que os rivais eram fracos e o time gremista teria que enfrentar equipes mais qualificadas para ser adequadamente avaliado.
Por esta razão, quando Paulo Autuori justifica a sua insistência em preservar esquema tático e escalação porque "foi assim que o Grêmio construiu a melhor campanha até agora na Libertadores", está cometendo o compreensível pecado da desinformação. O Grêmio, nos últimos jogos, tem enfrentado adversários de grandeza superior aos que encarou nas fases iniciais da Libertadores, principalmente os brasileiros. E, tem mostrado dificuldades nestes confrontos, é inegável.
Quem desfruta a vantagem sobre Autuori, de ter acompanhado o Grêmio desde o início da temporada, preocupa-se com as evidentes carências técnicas e táticas do time. Mas parece que Autuori, que acompanha o trabalho da crítica, não tem boa disposição para considerar o que é dito e escrito. E, até manifesta certo desconforto quando diz que fará as mudanças na hora que ele quiser.
Ora, é isso mesmo. O treinador é Autuori e é da sua exclusiva prerrogativa decidir. Mas creio que não afetará o seu humor registrar que Celso Roth, por exemplo, já vinha utilizando durante alguns jogos o 4-4-2. Esta mudança, então, não será traumática quando acontecer. Já foi experimentada. Mas repito — Autuori tem todos os direitos para escolher o momento das mudanças. E a crítica de sugerir o que pensa ser o melhor caminho para o Grêmio.
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