Foto: Ronaldo Bernardi |
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Ainda que o Gauchão não seja parâmetro, tem força suficiente para revelar três problemas graves na equipe do Internacional, todos eles incrustados na sua defesa.
O meio-campo é capaz, atende às necessidades de marcação, armação e articulação ofensiva. O ataque, mesmo que tenha sido bem controlado no Gre-Nal, é qualificado e dotado de alternativas satisfatórias. Mas a defesa...
BOLÍVAR, quando o adversário é forte e dos defensores se exige mais marcação do que apoio ofensivo, tem uma resposta bastante razoável. Quando, porém, é necessária a participação ofensiva do lateral, a sua desafeição pelo apoio chega a ser comprometedora. Não é culpa de Bolívar, um bom zagueiro que está prestando serviços na lateral com a sua máxima boa vontade. Mas esta é uma posição aberta.
ÁLVARO, segundo a verdade dos jogos, está guardando lugar para Sorondo ou Danny Morais. Talvez até para Bolívar. Tem escassa impulsão para o cabeceio e uma saída de jogo precária. Parece fazer um esforço extraordinário para dominar a bola e sair jogando. Pesado e lento, é sempre uma possibilidade de passagem para os adversários. Sua inegável força de liderança vai lhe garantindo a titularidade. Mas é pouco. O Inter tem melhores soluções para esta posição.
KLÉBER é dono de técnica invejável. Dos seus pés, quase sempre saem boas jogadas, seja em passes, cruzamentos e, até, arremates ao gol. Entretanto, não consegue apresentar boa média de produtividade. É possível que no Gre-Nal tenha cumprido ordem de Tite para avançar menos. Mas, em vários momentos, mostrou-se indiferente à necessidade de ser um ocupante ativo do flanco esquerdo. Se não reagir, logo deixará de ser opção para a lateral-esquerda da Seleção.
Um bom time começa por uma boa defesa. O Inter possui ótima matéria-prima disponível. Basta Tite usá-la.
Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no bolso, nascido em Três Passos (RS), na longínqua data de 16 de julho de 1949. Na minha carteira profissional está escrito: jornalista e radialista. Carregando...
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