Foto: Valdir Friolin |
Apenas resultados insatisfatórios não explicam a rejeição extremada da torcida gremista pelo treinador Celso Roth. Perder, afinal, faz parte do jogo. Todos os times perdem e atravessam fases de instabilidade, é rotina no futebol. Então, por que tanta fúria? Não será pela eventual perda do Gauchão, certamente. Esta competição não é prioridade do Grêmio, logo, não caberia traumas em não conquistá-la.
As explicações para tanto desconforto estão em outro lugar. A principal, sem dúvida, é a convicção gremista de que a nova derrota no Gre-Nal foi humilhação produzida pelo próprio Grêmio, isto é, pelo treinador. Perder Gre-Nais em sequência é insuportável, sentimento que se exacerba se houver convicção de que o time poderia ter feito melhor. Não existe dúvida em um único gremista de que o resultado do Gre-Nal teria sido diferente se não fosse o esquema tático utilizado por Celso Roth: 3-6-1. O treinador seria, portanto, o único responsável pela reiterada humilhação imposta a torcida gremista.
O empate diante do Universidad também contribuiu para que o nojo gremista aumentasse. Desde o ano passado, tem sido glorioso para a torcida tricolor festejar a vaga obtida para a Libertadores, feito não alcançado pelo rival no ano do seu Centenário. O empate contra a equipe chilena associado a outros resultados colocou o universo gremista em estado de alerta para uma eventual eliminação na primeira fase da competição. Seria desgraça demais: eliminação, mais uma derrota em Gre-Nal, treinador insistindo até o fim em jogar com um atacante só, ninguém merece.
Mas, sempre existe uma saída e a de Celso Roth virá com vitória, quarta-feira, em Tunja. Se o time voltar com três pontos, haverá recepção festiva no aeroporto, alguns xingamentos isolados para Roth e a doce trégua que treinador, jogadores e dirigentes estão querendo.
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