Foto: Diego Vara |
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Nada pode ser mais incompreensível do que um treinador que teima em revogar os seus acertos. Tamanha incoerência não encontra explicação razoável no terreno da lógica. A inconstância e a necessidade pueril de inovar por inovar, reiterando autoridade que ninguém contesta, é comportamento para ser analisado por psicanalistas e não por simples analistas esportivos. Celso Roth é um caso próximo e recorrente de teimosia e falta de coerência.
Já ficou demonstrado, cabalmente, que jogar com um só atacante até pode ser possível, desde que este avante seja jovem, forte, rápido, impetuoso e vocacionado para as soluções individuais, tudo o que Alex Mineiro não é. Celso Roth, caprichosamente, voltou a reincidir no erro que já estava provado e desperdiçou 45 minutos do Gre-Nal no seu fracasso esquema tático de um atacante só.
Não cabe afirmar que o resultado do clássico teria sido outro se Roth tivesse iniciado o Gre-Nal com Jonas e Alex Mineiro. Embora o Grêmio tenha marcado um gol quando a dupla estava em campo, a vitória colorada também se confirmou quando ambos jogavam.
Um treinador deve organizar o seu time de maneira que ele se exponha a mínimos riscos de levar gols e imponha o máximo de riscos aos defensores contrários. Esta última e essencial parte foi esquecida por Roth.
O Grêmio sofreu o primeiro gol quando o time estava formado sob o 3-6-1 e levou o segundo quando já tinha dois atacantes. Estes dois fatos indicam que a vitória colorada seria inevitável, não importando a disposição tática do Grêmio. Porém, o grande e inaceitável pecado de um treinador é não saber tirar o máximo dos seus jogadores. Este é o problema de Roth e outros treinadores: exigir que os seus comandados se submetam às suas idéias, invertendo o processo que recomenda a submissão das idéias táticas às características dos jogadores.
Qualquer torcida se conforma à derrota se o seu time jogar o máximo que pode. Nenhum torcedor, entretanto, admite perder jogando, teoricamente, menos do que é possível. E este é o caso do Grêmio.
Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no bolso, nascido em Três Passos (RS), na longínqua data de 16 de julho de 1949. Na minha carteira profissional está escrito: jornalista e radialista. Carregando...
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