Foto: Daniel Marenco |
A vitoria por dois a zero não refletiu a superioridade do Grêmio sobre o Juventude, no Olímpico. Apenas na etapa inicial, o goleiro Gatti salvou o Juventude em, pelo menos, três grandes finalizações gremistas. No segundo tempo, seguiu esbanjando grandes defesas. O resultado, portanto, poderia ter sido muito mais largo, em favor do time de Celso Roth que, rigorosamente, só foi ameaçado uma vez.
O Grêmio, que já dominara nos primeiros 45 minutos, aumentou a pressão quando Roth substituiu Rafael Marques, zagueiro, por Jonas, atacante. Mais tarde, as facilidades gremistas aumentaram com a expulsão de Mineiro, do Juventude.
O torcedor gremista não gostou de ver no seu time três zagueiros e dois volantes contra um adversário que quase não atacava. No intervalo, Roth explicou, mais uma vez, que estava preparando a equipe para a Libertadores da América. É possível que o treinador do Grêmio veja os futuros adversários sul-americanos maiores do que realmente são, mas não se pode negar que Roth pensa na Libertadores além das fases iniciais.
O problema que se afirma deste esquema tático – 3-6-1 – é o aproveitamento de Alex Mineiro, como único atacante. O jogador parece ter ingressado naquela fase comum em atacantes com mais de 30 anos, que preferem sair da área e priorizar assistências a conclusões. Certo é que Alex Mineiro está enfrentando grandes dificuldades para se adaptar ao esquema de Roth. Aliás, como já vem acontecendo, o ataque gremista só melhorou quando Jonas entrou.
Herrera fez a sua estreia, com a disposição esperada. Não marcou gol mas fez milimétrica assistência para Souza marcar o segundo gol. Doravante, o treinador terá que conviver com o “bom” problema de ter três atacantes para escalar apenas um. Ou dois, se é que Roth mudará de idéia tática,
Nota que pode ser preocupante: Rever e Diogo, mais uma vez, foram penalizados com cartões amarelos.
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