Foto: Fernando Gomes |
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Celso Roth declarou que seria desperdício escalar Souza na ala-direita. Ainda que este jogador consiga rendimento superior jogando no meio-campo, fato incontestável, a avaliação que desmerece a importância da função é totalmente inadequada.
No futebol atual, em que os treinadores costumam povoar o meio-campo, a saída pelos lados é essencial, para chegar ao campo adversário. Aliás, não existe melhor opção para ultrapassar barreiras defensivas do que pressionar pelos flancos. Cabe dizer, inclusive, que não existe boa equipe se ela não possuir bons laterais ou alas. Logo, ter bons jogadores nestas funções não é desperdício, pelo contrário, é recomendável.
O Grêmio de 2009 manteve a base de 2008. São poucas as mudanças nominais. No ataque, a chegada de Alex Mineiro é um avanço que ainda não se manifestou mas se confirmará, sem dúvida. A saída de Rafael Carioca não significou prejuízos e nem lucros com a sua substituição, na função, por Willian Magrão. Na defesa, Rafael Marques supre bem a ausência de qualquer um dos zagueiros que tenham jogado na posição.
A grande, abissal diferença do Grêmio de 2008 para o deste ano está nas alas. Ruy está sendo um acréscimo no qual a própria torcida não acreditava. Ele, nos dois primeiros jogos pelo Gauchão, já é importante saída do Grêmio para o ataque. Seu vigor físico é tamanho que Celso Roth orienta-o para que não se desgaste demais correndo pelo campo inteiro. No outro lado está Fábio Santos, menos explosivo que Ruy mas, ainda assim, uma jogada inteligente por aquele setor. É possível que no esquema 3-5-2, Jadílson conquiste a posição quando estiver recondicionado, fisicamente, considerando a sua incontrolável vocação para atacar.
O Grêmio terá um ataque melhor, este ano. Mas, não cabe dúvida alguma de que as alas é que estão fazendo a diferença, este ano.
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