Foto: Mauro Vieira |
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Que me desculpe o André Krieger, mas justificar a saída de Rodrigo Caetano por um suposto anseio do profissional por novos desafios é quase uma afronta ao bom senso. Que vantagens poderia oferecer o Vasco da Gama, semifalido, estrutura precária, rebaixado, que o Grêmio não pudesse compensar, amplamente?
Rodrigo Caetano faz parte de um seleto e diminuto grupo de profissionais que o futebol brasileiro, cada vez mais, está buscando. O tempo do dirigente amador está perdendo espaço para executivos que dominam a legislação, tem visão aguçada para a descoberta de novos talentos e desenvolvida capacidade de organização. Caetano reúne todas estas virtudes e mais algumas como formação acadêmica, seriedade, responsabilidade e apurada técnica de relacionamento.
Logo após a realização das eleições executivas do Grêmio, começou a circular a informação de que os vencedores pretendiam nomear um dirigente amador para coordenar todas as categorias formadoras do Grêmio. Rodrigo Caetano teria a sua autoridade restringida, o que contrariava o seu projeto de seguir dirigindo este setor, segundo as suas bem sucedidas convicções. Entendem-se os planos dos vitoriosos, todos amadores: é preciso encontrar cargos para os amigos e correligionários. Nem que esta histórica distorção signifique a perda de um profissional do gabarito de Rodrigo Caetano.
O repórter Rafael Antoniucci pesquisou e descobriu que o Grêmio, desde que Caetano assumiu as categorias formadoras do clube, já arrecadou mais de 28 milhões de euros em vendas de jogadores formados sob a sua orientação. Não é coisa pouca.
Se o Grêmio estivesse perdendo este profissional para o São Paulo, Barcelona, Manchester United ou outro gigante do futebol mundial, caberia conformidade. Mas, para o Vasco da Gama? Dizer que não é possível cobrir a oferta vascaína é, sim, um peludo mico que o Grêmio está pagando. Mesmo que Mauro Galvão seja o substituto escolhido. O ex-zagueiro é figura querida e respeitada. Mas demorará algum tempo para que Galvão vire um Caetano.
Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no bolso, nascido em Três Passos (RS), na longínqua data de 16 de julho de 1949. Na minha carteira profissional está escrito: jornalista e radialista. Carregando...
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