Não havia desejo de vingança, mas é imperioso interpretar a goleada aplicada pelo Vitória como uma compensação para as mágoas de Vagner Mancini, provocadas pela maneira como foi demitido pelo Grêmio, injusta na opinião do treinador.
O Grêmio, que poderia ter garantido vitória na etapa inicial, quando marcou um gol e desperdiçou outras três oportunidades, "apagou" na fase final. Tudo aconteceu rapidamente. O Vitória voltou do vestiário acelerado. Pressionou e marcou o gol de empate aos quatro minutos. O Grêmio se desmanchou. A solidez defensiva do primeiro tempo se liquifez. O time foi derretendo e afundou de vez com a expulsão de Amaral. Daquele momento em diante, o Vitória foi esmagando o Grêmio e fazendo gols.
Foram inúteis todas as tentativas feitas por Celso Roth para recompor a equipe. A derrota associada à vitória do São Paulo quase liquida as chances de título, para o Grêmio. A vaga para a Libertadores ainda está próxima, mas terá que ser garantida. O Grêmio ficou a três pontos do quinto colocado.
Jean denunciou que o árbitro Heber Roberto Lopes profetizou-lhe que o "Grêmio levaria um monte de gols" e que ele, Jean, deveria preocupar-se em jogar. Se esta manifestação aconteceu, foi de uma inconveniência absoluta. E só. Os gols do Vitória foram legítimos e legais, todos. O árbitro, mesmo que estivesse sentindo a iminência da goleada, não deveria ter expressado a sua opinião. A frase, porém, nada teve a ver com o resultado do jogo. Se Heber deve ser responsabilizado por alguma decisão, certamente terá que ser pela expulsão de Amaral: uma demasia.
O título está quase fora do alcance do Grêmio e impõe-se concluir que faltou qualidade ao time. Buscar culpas em outros lugares não seria mais do que simples desejo de vingança pela frustração. E se alguém disser que o Grêmio, com o time que tem, foi longe demais, não estará cometendo nenhum desatino.
Mas, além de Grêmio e Vitória, outras partidas importantes foram realizadas, ontem. No Mineirão, o árbitro Carlos Simon estava dirigindo com qualidade e autoridade o jogo entre Cruzeiro e Flamengo. Até não marcar um pênalti claríssimo, em favor do Flamengo. Comprometeu o seu trabalho e vai ser muito criticado. Nenhum árbitro prejudica o Flamengo, impunemente.
No Rio de Janeiro, o São Paulo conseguiu vencer o Vasco da Gama, em São Januário, uma raridade. Poderia até ter perdido se os atacantes do Vasco não estivessem tão mal de pontaria. Mas, para o time de Muricy, confirma-se uma velha máxima: quem trabalha bem, sempre tem muita sorte.
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