Foto: Miguel Schincariol, AE |
Celso Roth esperava que o Grêmio realizasse contra o Cruzeiro, em Belo Horizonte, um jogo épico, daqueles que perduram na memória do torcedor por um longo tempo. Não aconteceu. O Grêmio voltou goleado para Porto Alegre, não conseguiu se recuperar e acabou criando uma crise com o empate diante do Figueirense.
Os dias que se sucederam a essa partida foram de recriminações, cobranças e uma certa depuração das feridas que tinham sido abertas em Belo Horizonte. Foi assim que o Grêmio viajou para São Paulo: sob a suspeita da torcida e com a sua auto-estima avariada. O jogo épico teria que acontecer para que a reabilitação se impusesse forte e definitiva.
A preparação da semana produziu resultados surpreendentes. Com uma defesa totalmente emergencial, Celso Roth conseguiu organizar o setor e, a partir do retorno de Rafael Carioca e Willian Magrão, o restante do time readquiriu estabilidade.
Desde os primeiros movimentos, o Grêmio demonstrou que estava disposto a fazer um jogo histórico. Lutou bravamente. Cada bola era disputada com ardor incomum. E assim foi a partida inteira. O Grêmio construiu as melhores possibilidades de gol, não permitiu que o Palmeiras desfrutasse do apoio da sua torcida, que lotou o Parque Antártica.
Até que o gol de Tcheco recompensou a bravura do time. Jean foi uma liderança fundamental. Tcheco voltou a ser o capitão com a autoridade dos seus melhores momentos. Os garotos Heverton e Helder se comportaram com a maturidade de veteranos.
O Grêmio não se assustou por estar na casa do seu concorrente direto. Venceu e se recolocou na condição de disputante autorizado do título desta temporada. No mínimo, garantiu vaga para a Libertadores. Só uma hecatombe bíblica lhe tira o passaporte para a Libertadores.
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