Foto: Valdir Friolin, Banco de Dados - 01/03/2008 |
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Da "conversa" entre 20 torcedores gremistas identificados como membros da Geral, restaram frases que esclarecem, com eloqüência, a natureza do encontro forçado pelos torcedores.
— A gente só quer conversar. É a última chance de dar um "sacode" nos caras — disse um dos torcedores, conforme matéria em ZH impressa.
Sobre a breve reunião entre torcedores e jogadores, André Krieger, vice de futebol, foi de uma sinceridade aterradora:
— Isso é uma forma de contornar o problema. Hoje eles estão em 20. Amanhã eles poderão ser 50 se não fizermos algo — justificou-se o dirigente.
Nestas manifestações, ficam claras as posições dos torcedores e do dirigente:
1 — A Geral do Grêmio, além de alegrar os jogos com seus cantos e coreografias, se notabilizou por sempre apoiar o time, incondicionalmente. Domingo passado, quando das sociais brotaram vaias, elas foram abafadas pela manifestação da Geral, apoiando o time. Das duas, uma: ou a Geral está abandonando a sua postura de só incentivar o time ou estes 20 torcedores não representam a torcida. Se assim for, devem ser afastados pois entraram em rota de colisão com a regra de sempre e somente apoiar o time;
2 — Krieger, na sua manifestação, revelou dois sentimentos: a intromissão dos torcedores era um problema, conforme palavras do dirigente e, muito sério, eles tiveram acesso aos jogadores porque Krieger temia que voltassem em número maior, quem sabe uns 50.
Se o Grêmio, através dos seus dirigentes, submeteu os seus jogadores a um encontro de constrangimento, não será este blogueiro quem irá reprovar os fatos. Problema do Grêmio, jogadores e torcedores. Mas, se me permitem uma breve reflexão, digo que a Geral sempre ajudou o time por emprestar irrestrita solidariedade ao time, como aconteceu, por exemplo, antes dos Gre-Nais, quando milhares de torcedores da Geral foram prestigiar o último treinamento, antes dos clássicos. Poderiam ter ido ao treino do Grêmio, nesta terça-feira, portando faixas contendo dizeres como "Nós acreditamos em vocês" e/ou "A Geral não abandona o seu time". Seria muito mais produtivo. Um time funciona melhor quando apoiado e se encolhe quando pressionado.
Estes 20 torcedores prestaram um desserviço ao Grêmio, na minha modesta opinião. E André Krieger, expressando medo de represálias, tornou o seu clube um pouco refém de torcedores que pretendem imitar a truculência que existe no centro país, em que torcedores pressionam e até agridem jogadores, treinadores e dirigentes.
Nesta terça-feira, no Olímpico, deu-se uma lição de como errar em tudo.
Eu sou apenas um rapaz latino-americano, sem dinheiro no bolso, nascido em Três Passos (RS), na longínqua data de 16 de julho de 1949. Na minha carteira profissional está escrito: jornalista e radialista. Carregando...
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