Nesta província de dualidades históricas, não seria no futebol que as coisas mudariam. O que é bom para o Grêmio não serve ao Inter e o que beneficia o Inter está estragado para o Grêmio. Seria até engraçado, se não fosse enfadonho pela repetição dos discursos. Mas, somos assim e não vamos mudar. Não se altera uma cultura.
A Copa Sul-Americana, neste momento, é a prioridade do Inter. Seria surpreendente se aos gremistas não parecesse uma competição desprezível. Está sendo assim e assim será no futuro, ainda que haja uma inversão dos papeis.
Esta competição está sim, mal colocada no calendário Sul-Americano. É no segundo semestre que as principais equipes do continente estão envolvidas com as principais competições dos seus países, fato que as leva a priorizar seus compromissos caseiros em desfavor da Sul-Americana. No caso específico do Inter, a competição internacional tornou-se sua preferida por razões conhecidas: não disputa o título brasileiro e nem vaga para a próxima Libertadores.
Mas, ainda quando lutava por vaga na principal competição sul-americana, o Inter já anunciava que buscaria o único título que não foi conquistado por um clube brasileiro. Esta escolha só ficou mais acentuada, nos últimos dias.
A Copa Sul-Americana é a segunda competição mais importante da América do Sul. É inquestionável a visibilidade internacional que oferece. No jogo entre Inter e Boca, no Beira-Rio, 70 países receberam imagens da partida, ao vivo. Trata-se de um ganho institucional considerável, levada em conta a valorização da marca do clube e dos seus jogadores. E ainda existem as cotas da televisão, sempre um dinheirinho interessante que entra nos cofres dos clubes.
A Copa Sul-Americana tem sim, bom valor.
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