Cacalo (E) e Odone mantiveram-se irredutíveis e, por isso, aí estão as eleiçõesFoto: Genaro Joner e Valdir Friolin, Banco de Dados |
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Quando foi modificado o Estatuto do Grêmio, seus idealizadores tentaram corrigir um velho problema: a data das eleições executivas. Como sempre foram realizadas em dezembro, o presidente que assumia precisava esperar pelo retorno das férias do futebol para começar a montar o time para a temporada seguinte.
O resultado deste impasse é conhecido: a montagem e preparação da equipe só se concluía lá pela metade do ano. O primeiro semestre, no primeiro ano de mandato, era desperdiçado pelo atendimento de necessidades que não podiam ser supridas antes das eleições.
Tentando driblar esta dificuldade, o novo Estatuto antecipou as eleições para setembro/outubro, primeiro e segundo turnos. O diabo é que, este ano, as eleições caíram no exato momento em que o Grêmio luta pelo título do Brasileirão.
Foi pensando na inconveniência estatutária que o ex-presidente Fábio Koff empenhou esforços para que não houvesse a disputa eleitoral. Koff queria evitar racha no clube e na torcida. Mas o seu projeto foi torpedeado por outros interesses.
Paulo Odone, segundo foi noticiado, aceitava o consenso, mas exigia que ele próprio fosse o presidente da Grêmio Empreendimentos e o seu candidato encabeçasse a chapa para presidir o clube. Luiz Carlos Silveira Martins, o Cacalo, e o seu grupo político rejeitaram a proposta. Aceitavam que Odone comandasse a empresa que vai construir a Arena, mas queriam que a presidência do clube fosse indicação sua. Como Cacalo e Odone mantiveram-se irredutíveis nas suas posições, aí estão as eleições.
Assim, um grave problema está colocado: se ganhar Antônio Vicente Martins, André Krieger, que vem conduzindo com êxito o futebol do Grêmio, abandona o barco porque terá sido derrotado nas eleições, já que o seu candidato é Duda Kroeff.
É de se imaginar o estrago que poderá acontecer no vestiário com o time perdendo o seu comandante em momento tão decisivo do campeonato. Esta foi uma das razões que motivaram Fábio Koff, conforme entrevista concedida a ZH, nesta sexta-feira, a abrir voto para Duda Kroeff.
Antônio Vicente Martins, consciente do abalo que a sua vitória produziria com o afastamento de André Krieger, anuncia que Paulo Odone poderá assumir o futebol, no lugar de André Krieger.
Aos sócios do Grêmio caberá decidir o que será melhor para o Grêmio. As eleições, que deveriam marcar, apenas, a disputa pela presidência e o0utros cargos menores, acabou se tornando plebiscitária: o Grêmio pode perder André Krieger nesta reta final do Brasileirão, que cederia lugar para Paulo Odone, no departamento de futebol? Votem, gremistas!
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