Soares e Rafael Carioca, no intervalo do treino fechado de hojeFoto: Fernando Gomes |
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Segundo pensamento de boa procedência, jogadores se escalam nos treinamentos. Pessoalmente, acho que se trata de uma imensa bobagem. Treino é diferente de jogo, até os muros dos estádios sabem disso.
Mas, admitindo-se que escalar segundo o rendimento nos treinos seja um critério aceitável, deve-se concluir, obrigatoriamente, que Felipe Mattioni seja um jogador de péssimo aproveitamento nos coletivos do Grêmio. Esta circunstância explicaria a sua preterição na equipe titular. E, no momento em que é escalado para jogar, percebe-se que em jogos, pelo menos, ele é bem superior ao antigo titular.
Treinamentos com portões fechados não atrapalham o trabalho da imprensa. Alguém já deparou com uma página de jornal em branco porque o treino do dia anterior não pôde ser acompanhado pelos repórteres? Já viu a televisão colocar um clipe musical no espaço esportivo porque não conseguiu gravar imagens do ensaio? Ou estranhou que houve prejuízo na programação esportiva das rádios pelo mesmo motivo? Não, é claro.
O único prejudicado é o torcedor, que deixa de receber uma informação precisa. Ou, que precisa engolir uma escalação imprópria porque a imprensa não pode testemunhar a produtividade de outras alternativas. Nada disso, entretanto, chega a se constituir em grave problema.
Celso Roth voltou a fechar os portões por motivos que não existiram no primeiro turno, quando o Grêmio foi líder isolado, durante longo período, com portões abertos. Tornar os treinamentos inacessíveis para a imprensa e a torcida é, quase sempre, um mero capricho dos treinadores, sempre dispostos a demonstrar que quem manda são eles.
Aliás, tem um mistério que precisa ser esclarecido. Na terça-feira da semana passada, o repórter Luiz Henrique Benfica antecipou a escalação que o Grêmio usaria no sábado. Não errou em uma única posição. Não foi o treinador, certamente, quem antecipou suas idéias para o Benfica. Até porque, não houve treinamento coletivo na segunda-feira.
Bem, se Roth não confidenciou ao repórter o time que escalaria para enfrentar o Botafogo, só existem duas explicações: ou o repórter possui uma bola de cristal infalível ou algum dirigente segredou-lhe o que seria feito. Neste caso, mais provável, fica claro que a escalação do Grêmio foi imposta pela direção, e não saiu de uma decisão isolada do treinador, certo?
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